Giro Me Poupe! | Fórum Econômico Mundial: como o Brasil se saiu lá fora?

20 de January | 2023

Quer se atualizar sobre o que aconteceu de mais relevante no universo das finanças? Agora, toda sexta-feira você confere os highlights dos últimos dias aqui no nosso portal. Vem dar um Giro Me Poupe!.

Por Me Poupe!

Essa semana foi desafiadora para o novo governo, que segue com as investigações das invasões na Praça dos Três Poderes em Brasília, bem como das primeiras ações concretas voltadas para a população.

A participação de Fernando Haddad e Marina Silva, ministro da Fazenda e ministra do Meio Ambiente, respectivamente, no Fórum Econômico Mundial mostra que existe um discurso bem alinhado entre todo esse grupo, e que a comunidade internacional está esperançosa para voltar a investir no país.

Mas o evento também trouxe uma série de preocupações e inquietações. E nós comentamos tudo neste Giro!

Giro Me Poupe! | Fórum Econômico Mundial: como o Brasil se saiu lá fora?

Brasil, mostra tua cara!

Existia muita expectativa com a participação de Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, e Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A dupla chegou até o evento com um objetivo: levar um recado para a comunidade internacional dos trabalhos que serão feitos no Brasil em relação à democracia, sustentabilidade fiscal com justiça social e a reindustrialização com sustentabilidade ambiental.

Inclusive, três falas dos ministros chamaram muito a atenção do público por estar diretamente relacionada com um novo desenvolvimento industrial, uma maior participação do país em fóruns internacionais e um olhar mais atento para as políticas de preservação ao meio ambiente.

Nós contamos um pouco disso neste post. Vale a leitura! 

Novas tendências econômicas pra você ficar de olho

Davos também indicou quais são as tendências econômicas que vão pautar boa parte do posicionamento de diversos países e indústrias. Reunimos as 4 principais neste post, mas trouxemos um resuminho pra você. Saca só:

  1. A transição para uma economia descarbonizada vai ser uma estratégia global não só para tentar paralisar ou retardar as alterações climáticas, mas também para servir como um motor de crescimento econômico e da criação de milhões de empregos verdes.
  2. Cerca de 200 milionários e bilionários de diversos países publicaram uma carta aberta pedindo que os governos aumentem os impostos sobre eles. Parece chocante, eu sei, mas o objetivo é realizar uma discussão em cima da relação direta entre a desigualdade de renda e a crise da democracia.
  3. A recessão que surge no horizonte, como aquela tempestade que vai se formando aos poucos e tornando sombria uma tarde de verão, não passou longe de Davos. Afinal, 73% dos líderes empresariais acreditam que o crescimento econômico do mundo deve ser menor em 2023.
  4. A inteligência artificial generativa chegou para revolucionar o mercado. Será mesmo? Ou será esse um boom que pode morrer daqui um tempo? Ou ainda um protótipo de M3GAN? Bom, o mercado ficou super empolgado com essa digitalização. Mas a verdadeira pergunta que fica é: será que uma ferramenta construída por códigos é capaz de ter as mesmas ideias e capacidade de um ser humano?

Mais investimentos para os países pobres

Esse foi o pedido de diversas figuras que passaram pelo Fórum Econômico Mundial, como o ator Idris Elba. Ele e sua esposa, inclusive, fizeram um poderoso discurso sobre a importância das nações mais ricas investirem, e não doarem, para os países mais pobres.

“Os pobres deste mundo não estão apenas procurando ajuda e esmolas, eles estão procurando investimento”, disse o ator.

Veja outros destaques do evento aqui.

Por que falamos tanto do Fórum Econômico Mundial?

Como o professor Mira explicou neste texto, o evento pretende ser uma plataforma focada em promover soluções significativas, mensuráveis e positivas para grandes riscos sistêmicos e sistemáticos que abalam as economias no mundo. E toda essa discussão acaba afetando muitas das decisões políticas de diversos governos – e o nosso bolso.

Rapidinhas da semana:

Americanas pede recuperação judicial, com dívida de R$ 43 bilhões

Ontem (19), a Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial. A companhia já havia informado que teria recursos reduzidos em caixa e admitiu a possibilidade de iniciar o processo. E isso acontece porque a empresa enfrenta um rombo de R$ 20 bilhões, conforme divulgado na semana passada, e as dívidas somam R$ 43 bilhões, entre aproximadamente 16,3 mil credores.

Desemprego recua para 8,1% em novembro de 2022

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,1% em novembro de 2022. Essa é a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em abril de 2015, que registrou a mesma taxa.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada ontem (19) pelo IBGE. Com isso, a taxa recuou 0,9 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em agosto (8,9%) e 3,5 pontos percentuais na comparação com novembro de 2021 (11,6%).

Segundo estudo da ONU, 1 em cada 5 habitantes da América Latina não pode pagar alimentação saudável

Um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) publicada nesta quarta-feira (18) revelou que 22,5% da população da América Latina e do Caribe não pode pagar por alimentos saudáveis.

Isso significa que uma pessoa a cada cinco não consegue arcar com os custos de alimentos. E os números do Brasil são assustadores:

  • 28,9% da população passa por insegurança alimentar moderada ou severa;
  • esse valor equivale 61,3 milhões de pessoas no total;
  • 8,6 milhões de pessoas estão subnutridas.

Vale a pena ver esse estudo na íntegra aqui.

Compra e venda de moeda estrangeira por pessoas físicas é aprovada

Agora, pessoas físicas – como eu e você – podem comprar e vender moedas estrangeiras sem a intermediação de uma entidade, como corretora de valor ou instituição financeira como casa de câmbio.

E isso acontece graças à nova Lei de Câmbio e Capitais Internacionais (Lei nº 14.286/2021), que foi aprovada e sancionada lá em dezembro de 2021, mas só começou a valer em 31 de dezembro de 2022.

Mas, atenção! A permissão limita o vendedor a negociar apenas valores de até US$ 500, ou o equivalente em outra moeda, com cada comprador.

Apesar de comum entre pessoas conhecidas, a prática legal de comprar e vender dólares ou outras moedas era restrita a corretoras de valores ou instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central do Brasil (BC).


E aí, curtiu esse Giro especial da retrospectiva? Então, segue com a gente que na semana que vem tem mais. 

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