Davos: mudanças climáticas e o risco de recessão dominam o evento

17 de January | 2023

Fórum Econômico Mundial reúne governos e líderes empresariais do mundo todo para discutir ações para os próximos anos

Por Me Poupe!

Depois de 3 anos sem um evento presencial, o Fórum Econômico Mundial (WEF) voltou a Davos, na Suíça, com grandes expectativas.

Um número recorde de representantes de diversos governos e líderes empresariais é esperado no evento anual da elite. Inclusive, se você tá em Marte e ainda não sabe, a nossa musa das finanças é convidada especial deste evento!

DITO ISTO, PRESTENÇÃO NO PROBLEMA!

A sombra de uma recessão iminente paira sobre a estação de esqui suíça coberta de neve. Dois terços dos economistas-chefe dos setores público e privado entrevistados pelo WEF esperam uma recessão global este ano, com cerca de 18% considerando-a “extremamente provável”. Isso é mais do que o dobro da pesquisa anterior realizada em setembro de 2022.

“A atual alta inflação, baixo crescimento, alta dívida e ambiente de alta fragmentação reduzem os incentivos para os investimentos necessários para voltar ao crescimento e elevar os padrões de vida dos mais vulneráveis do mundo”, disse Saadia Zahidi, diretora administrativa do WEF, em comunicado que acompanha os resultados da pesquisa.

Calma! Antes de se desesperar, você tem duas alternativas: dar um pulo nesse conteúdo escrito pela psicóloga Daiane Hausen sobre ansiedade; seguir lendo essa matéria – a gente promete que as notícias melhoram e que tem frase inspiradora no fim!

Davos: mudanças climáticas e o risco de recessão dominam o evento

Brasil reforça compromissos fiscais, democráticos e ambientais

A delegação brasileira chegou a Davos com o compromisso de defender a democracia e a sustentabilidade das contas públicas e do meio ambiente, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Falando a jornalistas, Haddad disse que as instituições brasileiras “deram uma resposta muito imediata” depois que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram prédios do governo em Brasília em 8 de janeiro.

“O Brasil está comprometido com o resultado eleitoral, com as regras democráticas, com a liberdade, com as liberdades individuais, respeitando as garantias constitucionais”, disse o ministro, que representa o país em Davos ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Ele ressaltou que o modelo econômico defendido pelo recém-empossado governo do presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva visa impulsionar o crescimento econômico com sustentabilidade fiscal e ambiental, além de justiça social.

“Podemos pensar na reindustrialização do Brasil com base na sustentabilidade”, disse Haddad, que também disse que o Brasil quer retomar seus compromissos ambientais com o combate ao desmatamento e avançando nas energias renováveis.

O ministro apresentou na semana passada um plano ambicioso para reduzir para mais da metade o déficit estimado do PIB deste ano, aumentando a receita tributária e reduzindo os gastos.

Meio ambiente recebe holofotes

Aliada a essa preocupação de recessão global, existe uma grande discussão sobre os movimentos e mudanças climáticas. O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, desistiu do evento, dizendo que tinha que ficar em casa para enfrentar uma crise energética em curso.

O status da participação da ativista climática sueca Greta Thunberg em Davos é um tema quente de conversa. Uma campanha de “cessar e desistir” patrocinada por Thunberg já está ganhando força nas mídias sociais com acusações de que as empresas petrolíferas sequestraram o debate sobre o clima.

Mudanças climáticas e doenças?

Outro dado que chamou a atenção do mundo nas discussões desta segunda-feira foi que as mudanças climáticas estão aumentando as infecções por malária.

Grandes surtos de infecções por malária seguiram-se às recentes inundações no Paquistão e ciclones em Moçambique em 2021, disse Peter Sands, diretor executivo do Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária.

“Sempre que você tem um evento climático extremo, é bastante comum ter uma onda de malária”, disse ele na reunião anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos.

O aumento de eventos climáticos extremos e as grandes poças de água parada que atraem os mosquitos estão deixando as populações ainda mais vulneráveis.

Sands administra o maior fundo global do mundo, que investe no combate à tuberculose, malária e HIV/AIDS em algumas das nações mais pobres do mundo.

Mais investimentos para os países pobre

O ator Idris Elba e sua esposa Sabrina Dhowre Elba pediram na segunda-feira que líderes empresariais e políticos forneçam mais apoio aos países mais pobres do mundo na forma de investimento, em vez de ajuda.

Na cerimônia de abertura da reunião anual do evento, os Elba foram homenageados por seu trabalho em conservação ambiental, segurança alimentar e mudança climática. 

Os pobres deste mundo não estão apenas procurando ajuda e esmolas, eles estão procurando investimento”, disse Idris Elba.

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