Se você vai começar a investir agora, ou se já investe e tem novos aportes a fazer, deve estar se perguntando qual o investimento mais seguro e rentável para o momento. 

É normal que você esteja com essa dúvida. Com a indefinição quanto ao rumo político do país, acertar no alvo é uma tarefa complexa e é sobre isso que vamos conversar hoje. 

Por Professor Mira!

Todo ano eleitoral é a mesma coisa: centenas de profissionais do mercado financeiro fazendo previsões e muitos tentam “acertar na mosca” quanto aos ativos que irão se sair melhor logo após as eleições. 

Porém, acontece que, em se tratando de investimentos, a menos que você tenha uma potente bola de cristal, tentar prever o futuro para o curto prazo não é assim tão simples. 

Claro que sempre é possível avaliar tendências históricas do desempenho dos mercados em anos eleitorais e, assim, ter algumas referências quanto aos possíveis rumos do mercado no período. Mas como eu bem disse, são apenas referências, pois o passado não pode garantir nada relacionado ao futuro.

Desempenho do mercado em ano eleitoral 

Historicamente, os mercados tiveram melhor desempenho durante um ano em que um presidente em exercício se reelegeu, em comparação com um ano em que  a população escolheu um novo governo. 

Isso provavelmente acontece porque o mercado financeiro não gosta de incertezas. Um novo presidente, geralmente, traz mais dúvidas quanto à forma como irá lidar com questões fiscais, regulamentações e ingerências na economia e isso sempre se reflete no sentimento do mercado quanto ao futuro, trazendo volatilidade no curto prazo.

Acontece, porém, que estamos diante de um cenário em que os dois candidatos estão tecnicamente empatados nas pesquisas e nenhum deles traz grandes surpresas ao mercado: um é o atual governo e o outro já foi presidente por dois mandatos. Sendo assim, em linhas gerais, o mercado já sabe quais as principais premissas de ambos quanto à economia. 

A volatilidade permanece, mas as oportunidades também

Seja qual for o resultado do segundo turno, é bastante provável que, num primeiro momento, a volatilidade que temos visto nos últimos meses ainda persista.  No entanto, as oportunidades também, especialmente na renda variável, na qual a nossa bolsa de valores continua barata.

O fato é que, na prática, o mercado sabe que, após as gritarias de campanha, com ataques, ameaças, acusações e toda sorte de promessas cuja conta não fecha, o que acontecerá no novo governo é bem diferente de todo esse barulho. 

Os investidores sabem, pelo histórico, que Lula não é o perigoso socialista que a direita pinta e que Bolsonaro também não é o incendiário que a esquerda quer desenhar. O motivo? Qualquer um dos dois, ao se eleger, precisará manter a economia funcionando se quiser ter governabilidade e, para isso, terá que negociar com todos os setores, dentro de certa razoabilidade. 

Como investir após as eleições 

No mercado interno, inflação e taxas de juros ainda elevadas, baixo crescimento econômico, endividamento de quase 80% das famílias, além de questões fiscais ainda a equacionar, corroboram o que eu disse quanto à volatilidade permanecer por mais algum tempo. Isto porque essas variáveis macroeconômicas já estão presentes e, independentemente de quem for o novo presidente, demandarão ações práticas que levam tempo até surtirem efeito. 

Apesar de estarmos começando a ver alguma melhora nos indicadores de atividade econômica do país, ainda há muita incerteza, inclusive quanto aos reflexos da recessão dos mercados internacionais. Então, é cedo para fazer previsões.

“Mira, se tudo está tão incerto, o que fazer?”

Penso que você deva fazer o que faria em qualquer outro cenário: seguir com o seu plano. Se você for aguardar o cenário perfeito, nunca irá fazer nada, pois a caixinha mágica que protege seu dinheiro contra todas as variáveis macroeconômicas não existe. 

Não dá pra saber o que irá acontecer, e nem mesmo temos qualquer garantia de que o eleito, seja quem for, cumprirá o que prometeu em campanha. Então, faça seu plano financeiro coerente com sua capacidade de aporte e de acordo com suas metas, pois isso não depende do cenário. 

A uma semana das eleições, arriscar quais os rumos o mercado irá tomar é exercitar a futurologia, o que não é minha especialidade. 

O que posso sugerir é que você foque no que está sob seu controle: monte uma carteira diversificada entre renda fixa e renda variável, com proporções equivalentes aos tipos de metas que você tem para cada fatia do seu dinheiro. Mantenha um percentual de seus recursos com liquidez para aproveitar oportunidades e não fique pulando de galho em galho, ao sabor dos acontecimentos.

Não é preciso se apavorar com a volatilidade deste período. A incerteza quanto aos rumos da política e economia faz com que o mercado se agite, mas, ao mesmo tempo, abre boas oportunidades. Assim, aproveitá-las (ou não) vai depender da forma como você estruturou sua carteira. 

Historicamente, manter-se dentro do planejado tende a dar melhores resultados no longo prazo. Grandes retornos acontecem ao longo de ciclos longos de investimento e, se você acompanha meus vídeos e também os da Me Poupe!, com certeza já sabe que sua estratégia de longo prazo é mais importante e duradoura do que um mandato presidencial.

Quer entender por que um plano financeiro pessoal consistente independe do cenário em que você está investindo? 

As matrículas para a ÚLTIMA TURMA da Jornada da Desfudência estão abertas, ou seja, é a sua chance final de passar pelo treinamento completo da @nathaliaarcuri e revolucionar a sua vida financeira.

A sua independência financeira está a um clique de distância, garanta a sua vaga aqui!

Um abraço,
Professor Mira.