Como ficam os seus investimentos com a maior taxa de juros dos últimos 5 anos?

Se nos últimos anos a renda fixa deixou de ser atrativa pra alguns investidores por conta dos juros baixos, hoje ela já voltou com força total aos holofotes com o aumento significativo da taxa Selic nos últimos meses. Mas será que só vale olhar pra renda fixa? E as ações como ficam nesse cenário? 

Por Me Poupe!

Estamos lidando com uma sucessão de aumentos da taxa básica de juros da economia e, apesar de parecer complicado, é super importante que você entenda como ela funciona e como suas variações impactam o seu bolso.

Aliás, se você tá de olho nesse assunto, certamente não vai perder a LIVE DA SELIC DA NATH, que acontece HOJE NO NOSSO CANAL DO YOUTUBE. Nela, a musa das finanças vai mostrar alguns investimentos pra vencer a inflação e a taxa de juros nas alturas! Já ativou o lembrete?

Aliás, a previsão é de que um novo aumento seja anunciado na reunião do Copom de hoje – podendo chegar a 13,50%, a maior dos últimos cinco anos.

Como a SELIC afeta os investimentos de renda fixa?

A grande maioria dos investimentos de renda fixa são atrelados à taxa Selic. Sendo assim, quanto maior for essa taxa, mais eles vão render. 

“Explica isso melhor, Me Poupe!”

Alguns títulos de Tesouro Direto, como o Tesouro Selic, rendem de acordo com a taxa básica de juros do momento. Portanto, se o Copom decidir elevar a taxa básica de juros, o Tesouro Selic vai começar a render o equivalente ao novo valor. 

Outros investimentos de renda fixa, como os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), rendem uma porcentagem do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Como o valor do CDI está diretamente atrelado ao valor da Selic, quanto maior for a taxa, maior será o CDI.

Portanto, os investimentos em renda fixa que rendem uma porcentagem do CDI também passam a render mais quando a taxa Selic subir.

“Ai, socorro! Vou investir tudo o que tenho guardado em renda fixa!”

Pera lá, Me Poupeira! e Me Poupeiro!

Nem todos os investimentos de renda fixa rendem o valor da taxa Selic ou uma porcentagem do CDI. Alguns títulos rendem uma taxa pré-fixada, ou seja, ela não varia de acordo com os índices. Os papéis com essa característica rendem um valor já determinado durante toda a duração do investimento, não sendo afetados pelas variações da SELIC, por exemplo. 

Quando a Selic está baixa, os títulos pré-fixados ficam mais atraentes, já que nessas épocas eles costumam render mais do que a taxa básica de juros. Contudo, em momentos de alta da Selic, os títulos pré-fixados podem passar a render menos do que a Selic. 

Mas e renda variável? Como fica com as variações da SELIC?

Apesar de o valor das ações não ser atrelado à taxa básica de juros, esse indicador também influencia no valor dos ativos de renda variável. 

Em momentos de alta de juros, os investidores tendem a comprar menos ações e a investir mais em títulos de renda fixa – pelas vantagens que já elencamos aí em cima. Esse movimento faz com que os ativos de renda variável se desvalorizem, já que a oferta está maior do que a procura, concorda?

No entanto, isso não significa que você deva sair vendendo as suas ações. Pelo contrário! Esse é um ótimo momento de entrada no universo variável, já que você conseguirá comprar bons papéis por um preço mais baixo.

Só se lembre que o investimento em renda variável deve ser feito pensando no longo prazo. Sendo assim, as flutuações nos preços dos ativos causada por fatores externos, como é o caso da alta da Selic, não deve ser um motivo pra fazer você se desfazer dos seus papéis.

E mais um alerta: antes de aplicar o seu dinheiro, verifique se o você tem perfil de investidor que aceita tomar alguns riscos pra tentar ter retornos maiores. Investir na Bolsa é assunto sério e, mais um vez, requer CO-NHE-CI-MEN-TO.

E se a Selic voltar a cair? 

Se você tiver investido o seu dinheiro em títulos de renda fixa atrelados à taxa Selic, provavelmente o seu dinheiro vai passar a render menos do que rendia antes. 

Em situações como essa, você precisa analisar o mercado com calma, verificar se o seu dinheiro está rendendo acima da inflação e checar quanto de imposto você teria que pagar se resgatasse o seu dinheiro antes do fim do prazo do investimento.

Já quem investe em renda variável pode ver os preços das suas ações subirem com a queda da taxa Selic, já que os investimentos em renda fixa terão menor destaque.

Contudo, nem todas as ações vão se valorizar com a queda da taxa básica de juros, já que os valores desses papéis também dependem de outros fatores, como o contexto econômico global e o desempenho da empresa, por exemplo. 

Por isso, a gente não cansa de bater na tecla da diversificação! Como diz o Warren Buffett, um dos maiores investidores da história, é importante que um investidor “jamais teste a água com os dois pés”. Assim, você evita grandes perdas que podem acontecer quando todo o seu dinheiro é investido em apenas um ativo. Afinal, uma boa carteira é aquela que equilibra  muito bem as perdas e os ganhos.

A lição, Me Poupeira! e Me Poupeiro!, é ser analítico, antenado e sempre diversificar as suas aplicações financeiras. Dessa forma, você estará preparada ou preparado pra enfrentar qualquer cenário.