Ainda vamos usar cédulas no futuro?

28 de June | 2022

Transações digitais, cartão de crédito, blockchain, fintechs, bitcoin… a verdade é que a digitalização do dinheiro já está acontecendo, mas será que essa é uma tendência que veio para ficar?

Dinheiro é algo tão presente na nossa vida que muitas vezes a gente acaba não pensando sobre a origem dele e como as coisas chegaram a ser do jeito que são hoje. 

Muitas mercadorias já foram moeda: sal (de onde vem a palavra “salário”), batata, animais e outros que serviam como ferramenta de troca entre as pessoas.

Cerca de cinco mil anos antes de Cristo, os sumérios começaram a usar metais como reserva de valor, principalmente porque na sua maioria eles eram difíceis de conseguir (tinham escassez), tinham durabilidade (você pode usar a mesma peça de ouro por gerações) e eram desejados pela sua estética. Assim, o ouro e a prata passaram milênios servindo como moeda para diferentes impérios, governos, nações e, até hoje, são considerados valiosos.

Mas para ser dinheiro essas pedras viviam uma engenhosidade. Muitas vezes eram de difícil transporte e precisavam sempre de alguém validando se eram verdadeiras ou o quanto de ouro de fato existia em uma pepita. Para resolver esse problema os governantes começaram a cunhar moedas identificando nelas a unidade de medida, ou seja, quanto cada moeda dessas valia.

Só que as moedas também eram difíceis de se transportar em grande quantidade, podiam ser facilmente perdidas ou roubadas. Então, surgiu a grande ideia de criarem os bancos, locais nos quais podia-se manter seguro as suas reservas em ouro e, em troca, emitir títulos de papel que correspondessem ao quanto você tinha no seu cofre. 

Surgiu assim a cédula de papel 

À medida que o mundo foi evoluindo percebeu-se também que as cédulas de papel tinham alguns dos antigos problemas, elas se danificam facilmente, podem ser destruídas, facilmente perdidas ou roubadas também.

Nesse ponto da estória você deve estar percebendo que a humanidade ao longo do tempo foi buscando maneiras de sempre manter o dinheiro mais seguro possível enquanto encontrava formas de substituí-lo no uso cotidiano por maneiras mais eficientes, tivemos a fase dos cheques, da evolução dos cartões de débito e crédito, transferências eletrônicas e mais recentemente o pix aqui no brasil. 

E à medida que a digitalização avança e se torna cada vez mais parte das nossas vidas como sociedade, faz todo sentido que isso aconteça com o dinheiro também.

Muitos especialistas consideram a sociedade sem dinheiro (conhecida como cashless society, em inglês) como o futuro. O termo é explicado como “fenômeno econômico onde as transações financeiras são realizadas eletronicamente, em oposição ao uso de notas e moedas.”

Nesse cenário, todos os consumidores terão seu cartão eletrônico ou dispositivo para ser usado para processar e concluir transações.

Já existem relatos que em países como a China, que já adota a digitalização a bastante tempo, estão a poucos passos do uso exclusivo dos meios digitais.

No Brasil, o movimento ainda está começando, mas a tendência é de crescimento. Um exemplo é o PIX, que já é usado por 71% da população. E olha como isso é significativo, hoje no Rio de Janeiro muitos dos vendedores ambulantes das praias insistem para que você pague com o Pix e negam o recebimento em dinheiro. Digo por experiência própria

.

Esta é uma mudança muito significativa de comportamento e que, com certeza, vai crescer e se popularizar ainda mais.

Só o futuro dirá como vamos nos relacionar com o dinheiro, mas, independente de ser físico ou virtual, ele vai continuar sendo fundamental nas nossas vidas e é muito importante aprendermos sobre ele.

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