Inflação na mesa: o preço dos alimentos está impactando os nossos bolsos

06 de August | 2022

O aumento desenfreado dos preços afeta diversas áreas e serviços da economia, mas, para a maioria dos brasileiros, a alta pode ser notada de forma mais salgada na própria mesa. Veja como a inflação tem impactado a lista de compras de mercados.

Por Me Poupe!

Um levantamento que analisou dados de consumo mostra uma piora na qualidade das refeições do brasileiro entre o primeiro semestre do ano passado e o primeiro semestre deste ano. 

“Como assim, Me Poupe!? Agora vocês vão falar sobre nutrição?”

Sim e não, Me Poupeira! e Me Poupeiro!
Apesar de não parecer, esses dados estão diretamente ligados com o universo das finanças, já que essa piora é resultado da alta dos alimentos considerados saudáveis, como verduras, legumes e frutas. 

Pra ficar mais claro, no primeiro semestre deste ano, o preço médio dos legumes subiu quase 50%. Com isso, a pesquisa apontou que os brasileiros estão consumindo mais biscoitos e salgadinhos e menos verduras, legumes e frutas.

Foram mais de 500 milhões de notas fiscais do varejo alimentar analisadas e elas revelaram que os brasileiros estão comprando mais biscoitos (+ 8,4%). E que o consumo desses alimentos é ainda maior nas classes D/E.

“Como assim, Me Poupe!? Por que as pessoas de baixa renda estão comprando mais biscoitos?”

De acordo com a pesquisa, esses produtos estão mais baratos e, por isso, têm sido mais consumidos por famílias de baixa renda, especialmente por crianças, apesar do baixo valor nutritivo. 

Consumo de carne em queda

Segundo dados estimados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o consumo de carne bovina deve cair ao menor nível nos últimos 26 anos, com cerca de 24,8 kg consumidos por cada brasileiro durante o ano de 2022. 

Os principais fatores dessa queda são a crise causada pela pandemia de Covid-19, a alta dos preços e a diminuição do poder de compra. O jeito é trocar a carne vermelha por outras mais baratas e até mesmo adotar uma dieta flexitariana, isto é, sem carnes durante alguns dias da semana para driblar os preços altos.

Renda extra pode ser solução

O jeito, então, é tentar complementar a renda naqueles meses mais apertados e trocar marcas mais caras pelas mais baratas, conversar com a família para todos manterem o mesmo foco, rever o cardápio e levar a boa e velha marmita para o trabalho.

Além disso, os atacarejos também têm sido opções atrativas para compras maiores com preços mais em conta. Se você consome menos produtos do que são vendidos no atacado, procure alguém que divida com você: amigos, vizinhos, o cunhado… Assim, vocês aproveitam as promoções. E lembre-se: faça a lista do mês antes de sair, de preferência, sem fome para não se deixar seduzir por coisas que você não precisa comprar.

Também vale a pena dar aquela pesquisada nos mercadinhos, hortifrutis e açougues do bairro para conferir os preços dos produtos que você não vai achar nessas lojas.

Com esse panorama, fica nítido que as elevações da inflação têm afetado diversos setores, mas têm se mostrado mais intensos em produtos básicos, como alimentação, saúde e transportes. 

Além das incertezas políticas e econômicas internas, esses setores refletem os problemas externos – como a guerra da Ucrânia, por exemplo –, que deixam o custo de vida do brasileiro cada vez mais caro.

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