Cultura e dinheiro, será que eles têm relação?

17 de May | 2022

Ô-lá Me Poupeiras e Me Poupeiros! Como foi para você conhecer a segunda estação? Quais foram as reflexões que essa parada trouxe? 

Eu sei que está sendo um universo novo, há muitas reflexões a serem feitas, mas por aqui a nossa viagem seguirá ampliando o seu olhar e abrindo a sua mente. Agora, bora ir para a próxima estação.

Mas antes, lembre-se de pegar seu “kit viagem das descobertas”:
Respirar fundo;
Pegar os lencinhos (sim, o que você vai aprender vai doer);
Paciência para passar por cada estação;
Abrir a sua mente para tudo que iremos debater nesse texto.

Terceira estação: CULTURA

A cultura é um termo abrangente que engloba comportamentos, tradições, valores e conhecimentos de um grupo social, tais como: língua, religião, músicas, arte, valores sociais, comidas típicas e outros. Ainda, a cultura vai ser construída em diversas camadas, iniciando pelo país, indo para o estado, cidade, até chegar no âmbito familiar. 

Mas Daiane, por que a cultura é tão importante? 

Porque ela permeia a nossa sociedade! Lembra da nossa parada anterior? Sobre como a sociedade influencia o nosso dia a dia? Pois então…

A cultura normalmente esbarra nas “regras” de um determinado lugar ou povo, o que é aceitável, quais são os valores, quais são os comportamentos entendidos como “normais”. Vamos a um exemplo prático: quando você pensa no Rio de Janeiro, qual é o primeiro estilo musical que te vem à cabeça? Possivelmente o Funk ou talvez o Samba. Isso é regra? NÃO! Mas são os aspectos predominantes de uma região. 

Agora um outro exemplo, eu moro no Rio Grande do Sul e a tradição de tomar chimarrão é bastante comum por aqui (para quem não sabe o que é, o sabor lembra um chá verde, mas é feito com a erva mate e servido numa cuia). Isso significa que todo gaúcho irá amar e consumir? NÃO! 

Mas, é pouco provável você ser do RS e não saber o que é o chimarrão. Pode até não gostar, mas saberá o que é. E por quê? Porque isso faz parte da nossa regionalidade, da nossa cultura. 

“Ok, Daiane, entendi. Mas e o que isso tem a ver com o meu dinheiro e com economizar?”

ABSOLUTAMENTE TUDO! 

Vamos entender isso juntos, você sabia que hoje a população brasileira chega a um percentual de 77% de endividamento? 

Oie?! Como assim? 

Isso mesmo, esse índice foi coletado pela Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo. E não paramos por aí: no Serasa há aproximadamente 62 milhões de pessoas endividadas. As dívidas mais comuns são do cartão de crédito, mas no último ano, o endividamento por contas básicas como água, luz e IPTU também aumentou.

Quando estamos vivendo em uma cultura que o endividamento é o “normal” não estar nesse grupo te torna “a(o) diferentona(o)”. Ser diferente te afasta do grupo, tem uma sensação de que “eu não faço parte disso”. 

Se eu não faço parte disso, o que isso diz sobre mim mesma(o)? 

Aqui talvez seja o ponto que você se pergunta: “mas ser endividado é ruim, por que sentir desconforto por estar fazendo a coisa certa?!”. Porque o cérebro neste momento está se sentindo não pertencente àquele grupo e isso pode trazer a sensação de desconforto e incômodo. Ele não está avaliando qual foi o motivo que gerou o desconforto, simplesmente está sentindo e esse é o poder das nossas emoções sobre nós. 

Outro exemplo de como a cultura interfere nas nossas decisões: para você o que caracteriza uma pessoa como “bem-sucedida”? Ou como “rica”? Você analisa a partir das coisas que ela tem (carro, casa, celular, viagens, roupas etc.) ou você pergunta o quanto ela tem investido? 

Esses parâmetros culturais do que é “aceito” e “normal” são permeados na sociedade e repetimos os comportamentos sem nem nos darmos conta do que está gerando desconforto. 

Agora, vamos fazer o seguinte exercício: pense no local onde você mora (cidade, estado e país), e liste quais são as coisas características da cultura deste local (comida, música, palavras, religião, comportamentos, eventos comemorativos e etc). Vai se surpreender com a quantidade de coisas que são específicas do local. 

Compreender que a cultura e a sociedade interferem nos nossos hábitos diários e em como nos sentimos faz com que possamos escolher novos caminhos. 

Na dúvida, se pergunte: Qual o custo de pertencer a essa cultura? 

Isso vale para todos os aspectos da cultura que você está inserido. Faça mais perguntas a si mesmo, você ficará surpresa(o) com o que poderá descobrir de si mesma(o). 

Dicas da Riqueza: 

1. Responda as perguntas contidas no texto, elas te ajudarão a pensar;
2. Questione o que você entende como “certo”;
3. Perceba em quais ambientes você se sente “diferente” e o porquê.
4. Dê o primeiro passo para a mudança mesmo com medo. 

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