Como a sua infância interfere no seu comportamento de consumo hoje?

13 de October | 2018

Muitas necessidades não supridas na infância podem interferir na forma como vemos o mundo hoje. Entenda como isso funciona.
Quando você pensa em infância quais são as suas memórias?
Por Leila Sleiman

Brincadeiras, risadas e liberdade. Essas são algumas palavras que podem vir à sua mente quando pensa em infância! Porém, a gente cresce e vê que nem tudo é festa, nem tudo é alegria, nem mesmo lá na sua infância.
Todas as pessoas têm necessidades básicas. A sua criança também tinha necessidades emocionais fundamentais que podem não ter sido supridas.
Mas, afinal, quais são essas necessidades?

São elas: vínculos seguros; autonomia, competência e senso de identidade; liberdade de expressão, necessidades e emoções válidas; espontaneidade e lazer; e limites realistas e autocontrole.
Essas necessidades podem não ter sido supridas. Mas através de quais formas elas foram frustradas? Por meio da soma das experiências no ambiente, mais o temperamento da criança, ou seja, aquela base biológica, inata.
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“Ok, mas por que é importante eu saber tudo isso?”

Porque são essas vivências que levaram você a formar os seus esquemas, ou seja, o seu padrão de enxergar o mundo. De maneira mais simples, as suas crenças.
Imagine um óculos. Esses óculos formatam a realidade que você observa, as lentes dele são acinzentadas. Mas, como esses são os óculos que você sempre usou, você não percebe que eles podem estar distorcidos!
Ao encarar a realidade sob as suas lentes cinzas, você age como se tudo fosse assim, mas não é! Esses são os seus esquemas, ou seja, as suas crenças!
Elas fazem você ver e agir com base em algo que não se encaixa mais hoje no seu presente.
O seu contexto mudou, mas você se comporta com a mesma visão daquela criança que pode operar em diferentes modos prejudiciais, seja a criança indisciplinada, zangada, carente.
Você ainda pode reagir como se fosse seus pais disfuncionais ou agir como se o seu modo protetor estivesse desligado. Esses modos nada mais são do que a forma que a nossa criança se ativa hoje dentro de nós.
E eles podem direcionar o seu comportamento hoje. Esse é o seu modo de reagir aos seus esquemas.

Vamos esclarecer um pouco mais…


Você já se pegou triste, ansioso, frustrado e para isso você deve ter feito algo para tentar afastar essas emoções como: procrastinar, comer, consumir bebidas alcoólicas ou comprar! Sim, muitas vezes, você pode agir em resposta a essas emoções, as quais possuem como base alguma necessidade que lá no seu passado não foi suficientemente suprida.
Mas, ao comprar por impulso, você deixa a sua criança agir, o seu lado mais impulsivo. Ao passo que, quando você toma consciência dos seus pensamentos e dos sentimentos que esses geram você tem a possibilidade de trazer para o palco da vida o seu adulto saudável aquele que age racionalmente para ele ser o protagonista.
Quando você mantém comportamentos que são autodestrutivos, esses te lesam, você alimenta a parte mais disfuncional da sua criança.
Hoje, você tem a maturidade suficiente para se conscientizar das suas ações.
Então… lembre-se de que todos nós temos necessidades que não foram gratificadas, mas não precisamos reproduzir esse padrão. Agora você pode recorrer a estratégias saudáveis com o intuito de se gratificar, mas para isso, quem precisa retomar a direção da sua vida é o seu modo adulto saudável!
Se todo esse processo estiver muito difícil, busque ajuda! Um psicólogo pode ajudar você a se conscientizar, levantar possibilidades e mudar!
 
Leila Sleiman
Leila Sleiman - 1Leila Sleiman é Psicóloga. Graduada em Administração. Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental. Tem experiência no atendimento infantil e adulto. Atende em consultório em São Paulo na Vila Mariana e faz atendimento online. Contatos: E-mail: [email protected] / Fanpage: Psicóloga Leila Sleiman El Kadri / Youtube: AmpliaMente / Instagram: @psicologaleilasleiman

 
 

Este texto é de responsabilidade do autor do artigo e não reflete necessariamente a opinião do Me Poupe!

 
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