Como economizar na festa de casamento!

16 de November | 2014

Tem mulher que ama tanto que na hora do “Sim” casa duas vezes: Um casamento é com o marido, aquele amor pra vida toda. O outro é com as dívidas da festa de casamento, da igreja, do vestido, do salão de beleza, da lua de mel… E se você pudesse escolher entre um e o outro? Com qual ficaria? (Espero que seja com o marido, então vamos lá!).
Por Nathalia Arcuri

Como economizar na festa de casamento!
 
 Olha, já vou avisando que estou um pouco irritada com este tema.
Não que eu tenha perdido o romantismo, muito pelo contrário, mas é que cada vez que eu ouço um casal me dizendo que não pôde mobiliar ou comprar a própria casa por causa da festa de casamento que custou os olhos da cara, entro em pânico.
Minhas mãos instantaneamente começam a transpirar, minha face enrubrece, meus lábios se contraem, os olhos arregalam, a testa pede um botox urgentemente e tudo o que me vem em mente é: “Que tipo de pessoa faz isso com o próprio dinheiro? Socorro!”. 
 
Infelizmente não consigo conter minhas expressões faciais e fica nítido que algo não está bem…
A cara é mais ou menos essa ai…
Como economizar na festa de casamento!
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Depois daqueles milésimos de segundo de contorção facial, automaticamente meu consciente envia a resposta em forma de outra pergunta com uma alfinetada acoplada: “E quem não faz isso, sua chiliquenta? Desfranze essa testa que botox é caro pra chuchu e não está na sua planilha!”
 Bom, na tentativa de evitar essas conversas desagradáveis e “enrugantes” entre consciente e inconsciente resolvi fazer algo a respeito e dar algumas dicas pra quem está pensando em subir ao altar. Espero que sirvam…
1 – Converse com o seu futuro marido!
 Uma pesquisa da National Foundation for Credit Counseling mostrou que 68% dos casais acreditam que falar sobre dinheiro pode ser ruim. Além disso, 45% acham que é necessário, mas se sentem constrangidos, e outros 7% evitam por medo que acabe em briga.
Vai por mim:
Quanto mais se adia esse tipo de conversa, maiores são as chances de que a discussão sobre o assunto realmente acabe mal. Se você nunca abordou este tema com o o seu namorado ou noivo, faça isso já!
Aliás, a maneira como as pessoas se relacionam com o próprio dinheiro diz muito a respeito da personalidade delas e é melhor conhecer todas as características do cara que você escolheu para ficar ao seu lado pelo resto da sua vida antes de casar com ele… Ou não é?
 Tá, mas como fazer isso sem ficar aquele climão?
Use a pesquisa ai em cima como pretexto e aproveite para colher e oferecer o máximo de informações possíveis sobre a maneira como cada um vê o próprio dinheiro e como os ganhos financeiros podem ser importantes para a construção da vida em família que vocês planejam ter um dia.
2 – Façam as contas!
Infelizmente os pais da noiva já não tem mais aquela reserva de antigamente que garantia uma festança farta a custo 0 para os noivos. Casar nos dias de hoje exige uma força-tarefa do casal digna dos estrategistas da guerra fria e para isso você terá que controlar seus nervos e pensar friamente (desculpe o péssimo trocadilho).
 
Pra isso, respondam juntos às perguntas:
  • Vocês já têm onde morar?
  • Querem comprar um imóvel juntos?
  • Vão alugar ou comprar?
  • Quanto têm em caixa para a aquisição do imóvel ou aluguel?
  • E as despesas da casa, como vão fazer a divisão?
 Só depois de responder a essas perguntas e colocar tudo na ponta do lápis, partam para a próxima etapa: A fatídica conversa sobre o valor do casamento.
 
3 – Imponham um limite!
A maioria dos casais, vai em busca da Igreja, do salão, do vestido, do buffet e só depois os fofos vão analisar se têm dinheiro em caixa para aquilo tudo e ai… SURPRESA! Não têm, mas já estão apaixonados demais por tudo para abrir mão.
 
Por isso eu te peço uma chance para o início da sua longa e promissora vida financeira em parceria com o amor da sua vida:
 
Façam as contas e estabeleçam um limite para o casamento antes de partir em busca dos fornecedores.
 Se for necessário, adiem um pouco os planos até que a festa e a cerimônia se ajustem às necessidades do casal.
 Tem um site que eu gosto muito e costumo sugerir às minhas amigas:
 
 
4 – Comparem e se façam de difíceis. 
A indústria do casamento quer o seu dinheiro, desesperadamente. 
 Por isso antes de optar por este ou aquele fornecedor, pesquise, compare e aguente firme os impulsos. Os vendedores sabem que você está surtada de alegria e vão se aproveitar deste momento de fragilidade. Não entre na onda e peça a ajuda de alguém caso você esteja muito fora da caixa e a ponto de comprar os convites mais caros só porque são feitos em papel reciclado por senhoras virgens do Mar Morto…
 
5 – Foquem em vocês!
 Tudo bem você querer que todo mundo te ache a noiva mais linda, com o vestido mais bonito. Não há mal nenhum se você quer os docinhos mais saborosos, as lembrancinhas mais diferentes, a decoração mais charmosa.E ok se o seu noivo quer que a comida surpreenda aquela tia chata e que a cerveja seja boa o suficiente para o chefe não botar defeito.Só não esqueçam de uma coisa: este momento é dos noivos. Façam para vocês e com aquilo que é importante para os dois. 
 
O mais importante é que depois da Lua de Mel vocês tenham apenas boas lembranças e registros fotográficos daquele dia inesquecível e não boletos de cobrança para fazê-los pensar todos os dias se fizeram mesmo a coisa certa.
 
Lembre-se, este será apenas o primeiro dos vários desafios que vocês enfrentarão juntos e não terá sensação melhor do que perceber que se está ao lado de alguém a quem você pode confiar o seu dinheiro e o seu futuro.
 
Diga apenas um “Sim” e seja feliz!
Nathalia Arcuri – Me Poupe
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Sou a Nathalia Arcuri, poupadora por opção, jornalista por profissão e especialista em finanças pessoais por vocação.

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Comentários

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Carolina Tardin 28 de December | 2016

Invés de pagar em parcela podiam ter investido o dinheiro e feito o pagamento a vista, com certeza teriam uma rentabilidade e conseguiriam descontos, ficariam sem dívidas e ainda sobraria dinheiro.

Anônimo 16 de November | 2014

Nathalia,

um conhecido meu e sua "futura" resolveram o problema de uma maneira muito interessante: primeiro compraram a festa para 200 pessoas (em países ricos, pessoas comuns tem no máximo 30 pconvidados, o que já é muito), pagaram em parcelas e só depois de tudo pago marcaram a data do casamento. Portanto, casaram sem dívida.
Um outro fez como voce mencionou acima. Resultado, hoje, quase um ano depois, nao vao ter dinheiro nem para comemorar o primeiro ano de casados.

O que os jovens noivos nao pensam - e ninguém os alerta para isso - é que essa dívida pode pesar tanto na vida deles que as brigas estao programadas. Pois, como diz o ditado, onde falta o pao todos brigam sem razao.