Estamos vivendo uma crise generalizada?

17 de January | 2023

Hoje eu quero conversar contigo sobre alguns temas que certamente já fizeram você sentir aquela dor de cabeça, aperto no peito ou palpitações só de pensar. Eles são: política, meio ambiente e economia.

Ao ler essas palavras eu sei que você já sentiu vontade de parar de ler e sair correndo (risos)? Mas fica aqui comigo que eu vou te ajudar a enxergar novas perspectivas e você vai poder se sentir mais tranquila(o). 

Por Daiane Hausen!

Com a tecnologia, passamos a viver em um mundo extremamente veloz! Temos acesso a qualquer lugar do planeta com alguns cliques – e isso é maravilhoso, certo? Depende. 

O uso tecnológico de diversos aparelhos reduziu a distância entre países, histórias e relações, além de aumentar o acesso da informação num curto espaço de tempo. 

Isso tudo é excelente! Afinal, imagine você na 1ª Guerra Mundial (1914-1918), na qual as informações levavam meses ou anos para chegar. Neste intervalo, a destruição já estava garantida. A luta era muito mais solitária. Hoje, com a tecnologia podemos estar atualizados em tempo real. 

Estamos vivendo uma crise generalizada?

Tecnologia como facilitadora ou sabotadora?

Um exemplo ótimo é o Fórum Mundial da Economia, que está acontecendo agora em Davos – Suíça. Ele é o típico evento em que damos graças à tecnologia por poder acompanhar e nos inspirar nas discussões ali geradas! Quer seguir a cobertura completa, veja aqui.

Agora, um exemplo não tão feliz dessa prontidão da informação é referente ao que está acontecendo na Ucrânia! Não importa em qual local do mundo você esteja é possível acompanhar dia após dia os estragos gerados pela guerra.

É maravilhoso não estarmos alienados do mundo, porém, isso amplia o impacto negativo na nossa saúde mental, o sentimento de insegurança e medo. 

Mas esses sentimentos negativos não são promovidos somente pelo cenário da Guerra. Eles certamente são influenciados pelos inúmeros eventos climáticos que ocorrem pelo mundo, como deslizamentos de terra, enchentes, ciclone, alagamento, pessoas desalojadas e até mesmo óbitos.

Quer mais?

Podemos somar aos eventos climáticos, a crise política! O acesso às notícias dos ataques, agressões, polarização e violência, sem contar a infinidade de fake news acerca das eleições no país é de gelar a espinha!

“Okay, Daiane, mas o que isso tem a ver com a economia e as finanças?”

TUDO

O mercado financeiro trabalha constantemente com projeções e análises, olha para o passado e mensura uma expectativa para o futuro. Pense você, com todo o cenário de incertezas e instabilidades descritas nos parágrafos anteriores, como o mercado reagiu?

Pegou o pulo do gato? A instabilidade social, política e ambiental gera consequências na economia. Agora, pense com a cabeça de investidor, você iria se sentir motivada(o) a investir o seu precioso dinheiro em um país em guerra? Ou em um país que está passando por eleições conturbadas e constantes ameaças à democracia? Não. 

Com isso, somamos a cadeia de preocupações, medos e incerteza ao fantasma do “que pode acontecer com a economia”. Isso tudo só faz a nossa ansiedade se tornar um megazord, ficando cada vez maior. 

O trauma psicológico dos acontecimentos globais

Você pode se questionar, como algo que está acontecendo do outro lado do mundo afeta a minha saúde mental? Por algo conhecido como trauma psicológico. 

Cenários de guerras, conflitos políticos, violência e catástrofes ambientais não precisam ser vivenciados na nossa experiência individual para trazerem prejuízos. 

Quando consumimos as informações sobre esses eventos, a região límbica é instantaneamente ativada (região emocional). Tendo em vista que o nosso cérebro possui a capacidade inata de sentir empatia e se conectar a dor do outro, conseguimos não só imaginar a dor que é tudo aquilo, mas sentir. 

E isso, obviamente, faz com que a ansiedade se faça presente! Uma vez que sentimos medo, somos tomados por todos os receios do futuro, das incertezas e de perguntas como: “e se acontecer comigo?”; “e se acontecer a terceira guerra mundial?”; “e eu se perder tudo que tenho?”. 

Foco no reforço positivo e na mudança

Portanto, eventos como o Fórum Econômico Mundial promovem espaços de reflexão, de quebra de certezas para fazer novas perguntas! Eles debatem temas que afetam a saúde física, mental e financeira dos indivíduos dentro da sociedade.

Isso faz com que a gente trasite por aquilo que é conhecido como “reforço positivo”, ou seja, traz perspectivas de melhorias, de avanços, de propostas que nos colocam rumo à uma sociedade mais coesa.

As decisões são pautadas no coletivo, mas quem está lendo este texto aí do outro lado da telinha tem um papel fundamental nesse processo. 

Tendemos a dizer para nós mesmo “ah, mas que diferença isso vai fazer” ou “eu sou só uma pessoa”. Mas o fato é que se todos pensarmos dessa forma, ninguém dará um passo rumo à mudança.

A mudança que você espera que aconteça na sua vida – e no mundo – começa por você mesma. Vamos refletir: 

  1. O que você fez hoje que contribui com o meio ambiente? Você separa no dia a dia o material orgânico do reciclável? 
  2. Com que frequência você acessa notícias ao redor do mundo? 
  3. Você emite opiniões sobre todos os acontecimentos sem entender o que está acontecendo? 
  4. Você já começou a garantir o seu futuro financeiro fazendo escolhas conscientes hoje? 
  5. Você conversa com os seus filhos sobre o futuro do planeta? 
  6. Você se permite questionar suas convicções? 
  7. Você dialoga com pessoas com pensamentos diferentes do seu? 
  8. Você já refletiu sobre a sua responsabilidade com as suas ações? 

Espero que esse texto te ajude a perceber que você não está sozinha(o). Em alguns momentos iremos sentir a ansiedade, mas que ela venha acompanhada da certeza de que estamos nos movimentando por um mundo melhor. 

Até o próximo texto.

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