3 posicionamentos do novo governo que vão mexer com a economia

19 de January | 2023

Veja o que Fernando Haddad e Marina Silva falaram em Davos e como isso impacta a economia do país e o seu bolso.

Por Me Poupe!

Ontem, quarta-feira (18), Fernando Haddad, Ministro da Fazenda do atual governo, participou do painel “Liderança para a América Latina” ao lado de representantes importantes de outros países latino-americanos. 

O objetivo da ida de Haddad e de Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, era de levar recados à comunidade internacional, que são relacionados ao respeito à democracia, à sustentabilidade fiscal com justiça social e a reindustrialização com sustentabilidade ambiental.

Diante disso, separamos três pontos principais que você deve ficar de olho se quiser saber os rumos da economia do nosso país e, é claro, como isso vai impactar o seu bolso! Vamos nessa?

América Latina mais integrada e industrializada

Ter um bom relacionamento com os vizinhos é sempre de bom tom, mas, para o novo governo, será prioridade.

Haddad defendeu que a integração dos países da América Latina e a produção de energia limpa são elementos centrais para atrair investimentos externos e promover a industrialização e o crescimento da região.

O ministro destacou a possibilidade de integração da América Latina por meio de linhas de transmissão. Além disso, para Haddad nós temos grande potencial de atrair investimentos de empresas interessadas em integrar suas cadeias produtivas com a geração de energia limpa, seja solar, hídrica, eólica ou do hidrogênio verde.

Somente com essa integração, segundo ele, os países do continente poderão fazer frente a grandes blocos econômicos representados pela União Europeia, China e pelos Estados Unidos.

O que isso significa pro cidadão brasileiro?

Uma maior industrialização tem impacto numa coisa importantíssima: geração de empregos e modernização de algumas regiões mais defasadas no país.

Desenvolvimento econômico é prioridade

Haddad também comentou que o Brasil pode pedir mudanças na proposta de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O tema é debatido em um grupo de trabalho que vai subsidiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os próximos passos a serem tomados pelo Brasil.

A OCDE é uma organização econômica intergovernamental com 38 países membros com o objetivo de estimular o progresso econômico e o comércio mundial.

Segundo o ministro, essa aproximação está acontecendo naturalmente e deve ter alguns próximos passos divulgados em breve.

O que isso significa pro cidadão brasileiro?

Nos próximos anos, a agenda internacional do Brasil vai ser muito complexa, uma vez que o país vai assumir a presidência de diversos organismos multilaterais, como o grupo do G20 e dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). 

Segundo o ministro da Fazenda, é preciso desenhar uma política voltada para a participação do Brasil nesses mecanismos multilaterais. E essa entrada do Brasil na OCDE é fundamental, uma vez que o país já faz parte de vários organismos internacionais que impactam diretamente a atividade comercial e as relações internacionais.

Imagina, então, a possibilidade de negociarmos e estreitarmos a nossa relação com países que podem impactar positivamente o país? E mais: ter relações comerciais facilitadas, ganhar voz no cenário de desenvolvimento econômico mundial. Vamos ficar de olho!

A corrida contra o tempo pelo meio ambiente

Uma terceira fala, mas não menos importante, foi a de Marina Silva, que disse que o Brasil precisa se apressar para recuperar o tempo perdido nos últimos anos, quando a política ambiental não era prioridade para o governo federal.

Para ela, doação filantrópica é o começo mais factível e, entre as entidades interessadas em cooperar, estão a Fundação Earth Alliance, presidida pelo ator Leonardo diCaprio, e a Bezos Earth Fund, criada por Jeff Bezos, dono da gigante varejista Amazon.

O que isso significa pro cidadão brasileiro?

Dois movimentos importantes estão acontecendo neste início de governo: a urgência na adequação das regras de carbono zero e a recente abertura do Fundo Amazônia, que conta com doações de outros países para combate ao desmatamento na região.

Investir numa economia mais sustentável e tornar mais evidente a preocupação e a luta pela preservação do meio ambiente, por mais óbvio que possa parecer, gera um impacto gigantesco no interesse de investidores no Brasil.

Ou seja, mais um ponto favorável pra nossa retomada econômica, não acha?

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