“Sentimentos são…” incríveis, mas gastões, né? Começo de relacionamento é uma delícia: tudo é gostoso e cheio de descobertas. Mas, como fica o bolso nessa história? Vem que contamos tudo!
Por Me Poupe!
A vida financeira de um casal não é fácil. Ela exige duas coisas importantíssimas: transparência e parceria. Não é nem um pouco saudável que uma parte sempre seja mais responsável do que a outra, ou que quem ganhe mais arque com mais despesas sem uma divisão em comum. Comentamos um pouco disso neste post aqui.
Mas, quando as contas estão em ordem e existem metas em conjunto bem definidas e sendo cumpridas, o que mais pode ser feito para melhorar a vida do casal?
A resposta é relativamente simples, mas exige muito cuidado e um bom planejamento estratégico: investir.
No livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, Gustavo Cerbasi defende a ideia de que, depois de um tempo, um relacionamento se torna uma instituição financeira e familiar. E, nesse momento, é importante lidar com essa mudança e com os desafios que surgem a partir daí.
Assim, o planejamento financeiro deve fazer parte das conversas de um casal para que as duas pessoas possam crescer e enriquecer conjuntamente.
O planejamento familiar financeiro deve ser feito sempre com cautela, calma e muita transparência. Só que é super normal isso não acontecer ou não dar certo. E existem três motivos para isso acontecer:
- as pessoas normalmente colocam a vida pessoal em segundo plano, sempre focando no trabalho;
- ter um bom domínio da sua vida financeira com o controle de gastos e a definição de estratégias financeiras não é uma atividade prazerosa ou que faz parte da rotina da maioria dos brasileiros;
- dinheiro na mão é vendaval! Ter uma grana disponível é uma ideia super sedutora. Assim, é difícil abrir mão da possibilidade de fazer novas compras ou passar por novas experiências.
Para fugir das armadilhas que deixam o enriquecimento lícito mais difícil – ainda mais quando falamos num casal -, a primeira dica que existe é determinar metas para poupar dinheiro.
Lembre-se: um bom planejamento financeiro leva em consideração a manutenção do padrão de vida de uma pessoa ou de um casal com segurança. E isso vai muito além de não ter dívidas ou só guardar dinheiro.
É seguro investir a dois?
Essa pergunta é polêmica e pode gerar respostas bem controversas. No entanto, algumas pessoas dizem que é possível e bem interessante investir a dois por um único motivo: maiores ganhos.
Não é tarefa fácil. O primeiro passo para tomar essa decisão é ter uma vida financeira pessoal já em ordem. Você está sem dívidas? Sua reserva de emergência já está pronta? Você já investe?
Se respondeu “sim” a todas essas perguntas, já dá pra começar a pensar em investir com o seu parceiro ou a sua parceira. Esse investimento em conjunto pode começar com uma meta do casal para, depois, ir para algo que impacte a meta individual de cada um.
O importante é ser extremamente transparente um com o outro e ter regras bem definidas. Afinal, uma decisão financeira de investimento estratégico para muitos casais é se você deve ou não ter carteiras de investimento separadas ou conjuntas. Essa decisão se resume a duas coisas:
- Quão próximo um casal está alinhado com seus objetivos atuais e futuros.
- O perfil do investidor e a tolerância ao risco de cada parceiro.
Por exemplo, o Joaquim tem uma alta tolerância ao risco e se sente confortável com investimentos que oferecem um retorno maior, mesmo que isso signifique uma maior chance de volatilidade do mercado. O nível de conforto da Joaquina pode começar e terminar com a segurança dos produtos de renda fixa, mesmo que isso signifique um menor nível de retorno do investimento. Este casal deve investir separadamente neste caso?
Não necessariamente. O primeiro passo para esse casal seria uma simples discussão com um consultor de investimentos sobre seus planos e objetivos futuros, bem como sobre como eles veem o dinheiro em suas vidas.
É importante reforçarmos aquela máxima que o dinheiro é um meio para um fim e investi-lo deve sempre ter um propósito. A comunicação clara entre o casal sobre as metas futuras de poupança, como educação pós-secundária de seus filhos, casa própria, férias e, eventualmente, aposentadoria, requer discussões honestas e compreensão do que cada pessoa realmente vê para o futuro.
A importância da diversificação
Com metas e orçamento estabelecidos, descobrir o estilo de investimento individual e coletivo (do casal) torna-se um processo bastante simples. Um consultor de investimentos pode orientar cada parceiro por meio de uma explicação do movimento e da volatilidade do mercado para determinar seu próprio nível de tolerância ao risco que eles estão dispostos a aceitar para ajudar a atingir suas metas de investimento.
Isso leva naturalmente à questão inicial do texto: cada parceiro deve investir separadamente ou em conjunto?
Guarde isso: manter os mesmos investimentos ou duplicá-los dá aos casais os mesmos cavalos na corrida para ganhar. Se os cavalos vencerem, pode haver grandes ganhos para o casal com investimentos duplicados, mas eles devem entender que o inverso também pode ser verdadeiro.
Esse pode ser um motivo para alguns casais decidirem investir de forma independente, mas esse risco pode ser mitigado com a diversificação adequada.
Manter investimentos diferentes, como dois fundos mútuos equilibrados de duas empresas diferentes de gestão de ativos de alta qualidade nas respectivas contas de cada parceiro, é um ótimo exemplo de diversificação que daria ao casal a melhor aposta de capturar crescimento em um mercado em alta, bem como proteção em um mercado em baixa.
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