Você sofre de dinheirofobia e nem sabe disso (até agora!)

19 de June | 2024

Você já se pegou evitando olhar para sua conta bancária, mesmo sabendo que precisa? Ou sente um frio na barriga só de pensar em organizar suas finanças? Se sim, talvez você sofra de dinheirofobia.

Este termo, cunhado pela nossa musa das finanças, Nath Arcuri, descreve um medo irracional relacionado ao dinheiro, algo que pode ser debilitante, mas não é incomum. 

Brad Klontz, no seu livro A Mente Acima do Dinheiro, explora como nossas crenças subconscientes e padrões de pensamento adquiridos na infância podem moldar nossas interações financeiras – para melhor ou para pior. 

Curiosa(o)? Continue lendo e descubra: será que você sofre de dinheirofobia?

Por Me Poupe!

O que são distúrbios financeiros ou dinheirofobia?

Distúrbios financeiros, ou dinheirofobia, são mais do que simplesmente não gostar de lidar com dinheiro. São padrões de comportamento e crenças irracionais relacionadas ao dinheiro. Eles podem se manifestar de várias maneiras e influenciar negativamente sua vida financeira e emocional. O psicólogo financeiro, Brad Klontz, identifica 12 distúrbios financeiros comuns em seu livro, são eles:

Distúrbios de evitação do dinheiro

Esses distúrbios envolvem comportamentos onde a pessoa evita lidar com suas finanças, seja por medo, ansiedade ou crenças negativas sobre o dinheiro.

  • Negação Financeira:  Pessoas com negação financeira evitam ativamente suas responsabilidades financeiras. Elas agem como se os problemas simplesmente desaparecessem se não fossem reconhecidos.

Exemplo: João não abre as faturas do cartão de crédito porque tem medo de ver o saldo. Ele prefere viver na ignorância a enfrentar a realidade de suas dívidas.

  • Rejeição Financeira:  Este distúrbio se manifesta na crença de que não se merece ter dinheiro ou sucesso financeiro. Pessoas com rejeição financeira muitas vezes sabotam suas próprias oportunidades de prosperidade. 

Exemplo: Maria recusa promoções no trabalho porque acredita que não é digna de ganhar mais. Ela se sente desconfortável com a ideia de merecer sucesso financeiro.

  • Aversão Excessiva ao Risco: Aqui, o medo de perder dinheiro é tão grande que a pessoa evita qualquer forma de investimento, preferindo a segurança ilusória de manter o dinheiro parado. 

Exemplo: Paulo mantém todo seu dinheiro em uma conta poupança que rende menos que a inflação. Ele tem tanto medo de perder dinheiro que não considera investimentos mais rentáveis.

  • Gasto Insuficiente: Este distúrbio é caracterizado pelo medo de gastar dinheiro, mesmo em necessidades básicas, resultando em uma qualidade de vida abaixo do que seria possível.

Exemplo: Carla economiza tanto que acaba prejudicando sua saúde por não gastar com alimentação adequada. Ela acredita que qualquer gasto é uma ameaça ao seu futuro financeiro.

Distúrbios de adoração ao dinheiro

Esses distúrbios refletem uma obsessão pelo dinheiro, onde o valor monetário é colocado acima de outros aspectos importantes da vida.

  • Acumulação Compulsiva: Pessoas com acumulação compulsiva sentem uma necessidade obsessiva de economizar e acumular dinheiro, muitas vezes à custa de sua qualidade de vida.

Exemplo: Roberto tem uma grande quantia guardada, mas vive com o mínimo necessário. Ele sente que nunca é suficiente e continua acumulando sem nunca gastar.

  • Trabalho Compulsivo: Aqui, o indivíduo trabalha de forma excessiva para ganhar mais dinheiro, sacrificando saúde, relacionamentos e lazer.

Exemplo: Fernanda trabalha 14 horas por dia e não tem tempo para a família ou lazer. Ela acredita que sua valia está diretamente ligada ao quanto consegue ganhar.

  • Tomada de Risco Irracional ou Jogo Patológico: Esse distúrbio envolve a impulsividade em tomar riscos financeiros desnecessários ou se envolver em jogos de azar.

Exemplo: Lucas gasta todo seu salário em jogos de azar, na esperança de um grande retorno. Ele ignora os riscos e as chances reais de perda.

  • Gasto Compulsivo: Pessoas com gasto compulsivo não conseguem resistir ao impulso de comprar, frequentemente adquirindo itens desnecessários e se endividando.

Exemplo: Ana não consegue resistir a promoções e frequentemente compra coisas que não precisa. Ela sente uma euforia momentânea ao gastar, seguida por arrependimento e ansiedade.

Distúrbios relacionais com dinheiro

Esses distúrbios envolvem comportamentos que afetam não só a pessoa, mas também suas relações com outras pessoas.

  • Infidelidade Financeira: Esconder transações financeiras do parceiro, criando um ambiente de desconfiança e conflito.

Exemplo: Pedro tem um cartão de crédito secreto que sua esposa não conhece. Ele esconde suas despesas, o que pode levar a problemas de confiança no relacionamento.

  • Incesto Financeiro: Misturar finanças pessoais com as de familiares de forma prejudicial, onde as linhas entre suporte financeiro e abuso são tênues.

Exemplo: Júlia usa o cartão de crédito do pai sem permissão, causando dívidas familiares. Essa dependência financeira pode criar conflitos e ressentimentos.

  • Facilitação Financeira: Dar dinheiro regularmente para alguém que não se esforça para se sustentar, criando uma dependência e impedindo o crescimento pessoal.

Exemplo: Marcos continua sustentando o filho adulto que não busca emprego. Ele acredita que está ajudando, mas na verdade está impedindo o filho de se tornar independente.

  • Dependência Financeira: Depender de outras pessoas para sustento financeiro, resultando em falta de autonomia e liberdade.

Exemplo: Letícia depende totalmente do marido para qualquer gasto, sem nenhuma autonomia financeira. Ela sente-se incapaz de tomar decisões financeiras por conta própria.

Esses distúrbios muitas vezes se desenvolvem a partir de crenças e padrões de pensamento subconscientes, geralmente com raízes na infância. Ao reconhecer e entender esses padrões, é possível trabalhar para superá-los e melhorar a saúde financeira.

Transmissão: raízes na infância

Nossas experiências na infância moldam profundamente nossas crenças sobre o dinheiro. Se seus pais viviam preocupados com as contas, você pode ter internalizado que o dinheiro é uma fonte constante de estresse. Se cresceu em um ambiente de abundância, mas sem educação financeira, pode não ter aprendido a valorizar e gerenciar seus recursos adequadamente.

Por exemplo, crianças que observam pais brigando por dinheiro podem associar finanças a conflito e ansiedade, levando a distúrbios como a negação financeira ou a aversão ao risco. Não são apenas eventos traumáticos que causam esses distúrbios, até mesmo a ausência de diálogo sobre dinheiro pode ter um impacto significativo.

Reconhecendo os sintomas da dinheirofobia

Identificar os sinais de distúrbios financeiros é o primeiro passo para a cura. Você se identifica evitando conversas sobre dinheiro? Talvez sinta uma ansiedade desproporcional sobre gastos ou investimentos? Estes podem ser sinais de dinheirofobia. A autoconsciência é fundamental para romper esses ciclos.

Exemplos de pensamentos com distúrbios financeiros

1. “Dinheiro não traz felicidade”: Essa crença pode te impedir de buscar o seu potencial financeiro, pois cria a ideia de que o dinheiro não é um recurso valioso para alcançar seus objetivos e ter uma vida plena. Na verdade, o dinheiro pode te proporcionar segurança, acesso a oportunidades e a chance de realizar sonhos e desejos.

2. “Eu nunca vou ser rico”: Essa crença te coloca em um estado mental de escassez, impedindo que você acredite em sua capacidade de conquistar seus objetivos financeiros. Ela pode ser originada de experiências negativas no passado ou de influências externas, mas é importante lembrar que você tem o poder de mudar sua realidade através de suas ações e pensamentos.

3. “Só os ricos podem investir”: Essa crença é falsa e limita o seu potencial de crescimento financeiro. Investir é possível para qualquer pessoa, independentemente da renda, e existem diversas opções acessíveis para começar. Com educação financeira e planejamento, você pode alcançar seus objetivos de investimento, mesmo com um orçamento inicial baixo.

4. “Gastar dinheiro é ruim”: É importante ter um controle sobre seus gastos, mas privar-se completamente de prazeres pode ser prejudicial. É preciso encontrar um equilíbrio entre economizar e aproveitar a vida. Negar-se a gastar com coisas que te trazem alegria pode te impedir de ter uma vida plena e satisfatória.

5. “Eu não sou bom com dinheiro”: Essa crença pode te levar a evitar lidar com suas finanças, o que pode ter consequências negativas no longo prazo. Todos podem aprender a gerenciar seu dinheiro de forma eficiente. Com educação e disciplina, você pode desenvolver as habilidades necessárias para tomar decisões financeiras inteligentes.

6. “Ricos são gananciosos e desonestos”: Essa crença é uma generalização que não reflete a realidade. Existem muitas pessoas ricas que conquistaram sua fortuna de forma ética e que utilizam seus recursos para o bem da sociedade. É importante evitar julgamentos e focar em seus próprios objetivos e valores.

7. “Acontecerá comigo quando eu ganhar na loteria”: Depositar sua esperança em eventos aleatórios como ganhar na loteria te impede de tomar as rédeas da sua vida financeira. Você tem o poder de criar sua própria realidade através de suas ações e decisões. Comece a agir hoje mesmo para alcançar seus objetivos.

8. “Eu não sei por onde começar”: É normal se sentir perdido no início da jornada para conquistar seus objetivos financeiros. Mas existem diversos recursos disponíveis para te ajudar, como livros, cursos, workshops e profissionais especializados. Comece buscando conhecimento e orientação para dar os primeiros passos.

9. “Investir é muito arriscado”: Todo investimento envolve algum grau de risco, mas existem maneiras de minimizar esses riscos e tomar decisões conscientes. Estude as diferentes opções de investimento, diversifique sua carteira e busque orientação profissional para investir de forma segura e alcançar seus objetivos.

10. “É tarde demais para começar”: Nunca é tarde para cuidar de suas finanças e conquistar seus objetivos. Comece hoje mesmo, mesmo que com pequenos passos. O importante é dar o primeiro passo e ter persistência na sua jornada.

Quebrando o ciclo: tratamento da dinheirofobia

Como sair desse ciclo vicioso de dinheirofobia? A psicologia financeira oferece várias ferramentas para isso. Terapia financeira, workshops e técnicas de mindfulness e de reprogramação de crenças podem ajudar a desenvolver hábitos financeiros saudáveis. 

Profissionais especializados podem guiar você através de processos de autoconhecimento e mudança comportamental, proporcionando um entendimento mais profundo de suas atitudes e crenças em relação ao dinheiro.

Terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, é uma abordagem eficaz que ajuda a identificar e alterar padrões de pensamento negativos. Workshops de educação financeira também são extremamente úteis para desenvolver novas habilidades.

Construindo uma relação saudável com o dinheiro

Aqui vão algumas dicas práticas para ajudar você a construir uma relação saudável com o dinheiro:

  1. Fazer um Orçamento: Tenha controle sobre seus ganhos e gastos. Use ferramentas como planilhas ou aplicativos de controle financeiro.
  2. Criar um Plano de Gastos: Separe uma parte da sua renda para cada categoria de despesa e siga esse plano rigorosamente.
  3. Investir: Aprenda sobre investimentos e coloque seu dinheiro para trabalhar para você. Diversifique seus investimentos para reduzir riscos.
  4. Buscar Educação Financeira: Invista em cursos, livros e workshops para expandir seu conhecimento sobre finanças.
  5. Cultivar Hábitos Positivos: Pratique a gratidão pelo que você tem e celebre pequenas conquistas financeiras.

Lembre-se, construir uma relação saudável com o dinheiro é uma jornada contínua de aprendizado e crescimento. Não existe uma solução mágica; é um processo gradual e recompensador.

Você sofre de dinheirofobia e nem sabe disso (até agora!)

Conclusão

Chegamos ao fim desse papo cabeça sobre dinheirofobia, mas calma aí que o diagnóstico ainda não acabou. Entender os distúrbios de evitação, adoração e os relacionais com o dinheiro é só o começo desse tratamento. Agora é hora de pegar todas essas informações, colocar em prática e dar aquele check-up na sua vida financeira!

Reconhecer os sinais de dinheirofobia é o primeiro passo para mudar o jogo. Saber que você pode superar esses medos e construir uma relação saudável com o dinheiro é libertador. E, olha, não precisa fazer isso sozinha ou sozinho!

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