Hoje o papo é com as Me Poupeiras! e Me Poupeiros! iniciantes no mundo da Renda Fixa. Vocês provavelmente vão topar por aí com o termo indexadores. E aí, criatura, não adianta fazer cara de desentendida: você precisa sim entender o que eles são para investir melhor.
Já vou dar até um spoiler: sabe aquela sopa de letrinhas que você já deve ter visto nos conteúdos da Me Poupe!? CDI, Selic, IPCA… Então. O papo de hoje tem tudo a ver com essas siglas que podem te ajudar a ganhar muito mais dinheiro.
Por Me Poupe!
Afinal, o que é um indexador?
Você pode ter se deparado com esse termo por aí, lendo algum conteúdo de economia e finanças ou analisando aquelas tabelinhas malditas da sua corretora de valores. A confusão é normal, principalmente se você for um investidor iniciante.
Basicamente, um indexador é todo e qualquer índice da economia usado como referência para estabelecer a rentabilidade de um investimento. Por exemplo: quando alguém diz que “O título do Tesouro Direto com vencimento em 2023 é indexado ao IPCA”, na prática, essa pessoa está dizendo que esse título irá render de acordo com o índice IPCA, que é medido mês a mês.
Ou seja: se o IPCA em outubro de 2024 foi de 0,56%, esta será a rentabilidade aproximada (considere as taxas e impostos quando houver) do Tesouro IPCA naquele mês. Fácil, vai? Bora conhecer alguns dos indexadores mais comuns para ficar ainda mais claro aí na sua cachola:
Taxa Selic
Taxa básica de juros da economia. É a “mãe” de todas as taxas, o que guia o aumento (ou não) do resto da galera. Se ela aumenta, o crédito pra quem pega dinheiro emprestado fica mais caro — quer dizer que o juros para financiar um apartamento, por exemplo, vai sair mais salgado. Quem aplicou dinheiro, por outro lado, fica feliz da vida, já que o aumento da taxa Selic representa um rendimento melhor.
Além disso, a Selic tem um impacto importante na inflação. Ao elevar a taxa, o Banco Central busca controlar a alta de preços, desestimulando o consumo e os investimentos. Isso pode desacelerar a economia, mas também ajuda a manter a estabilidade financeira. Assim, a Selic é uma ferramenta crucial não apenas para quem toma crédito ou investe, mas para o equilíbrio geral da economia.
Vale relembrar: o que são juros?
Juros são o preço que você paga para tomar dinheiro emprestado, como se estivesse “comprando” esse valor. Esse conceito se aplica a financiamentos, empréstimos, cartões de crédito…
Quando você investe em Renda Fixa, por outro lado, passa a estar do outro lado da moeda. Ao investir em um título, você está emprestando dinheiro para uma instituição, seja pública ou privada, com a garantia de que o valor será devolvido no final de um prazo, acrescido de juros. Essa é a forma que bancos e governos encontram para aumentar seus recursos e, assim, poderem emprestar mais dinheiro ou financiar projetos importantes para o país.
E quem é Me Poupeira! ou Me Poupeiro! raiz já sabe: é sempre mais vantajoso estar do lado de quem empresta dinheiro do que de quem toma emprestado.
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
O IPCA é um dos principais indexadores usados para medir o aumento dos preços no Brasil. Quando se fala, por exemplo, que “o IPCA ficou em 0,6% este mês”, significa que a inflação, ou seja, o aumento médio dos preços, subiu 0,6% naquele período.
O indexador é calculado mensalmente pelo IBGE e serve como uma referência importante para o governo, empresas e consumidores, ajudando a entender a dinâmica da economia e o impacto do aumento de preços no poder de compra da população.
Ainda não entende direito o que é esse negócio de inflação? Eu te explico nesse texto.
Certificado de Depósito Interbancário (CDI)
É a taxa de juros usada pelos bancos para emprestar dinheiro entre si. Isso acontece porque, no final do dia, quando um banco tem dinheiro sobrando e outro está com o caixa negativo devido ao alto volume de saques, o banco com saldo positivo empresta esse valor.
Esse índice é um dos mais utilizados em investimentos de Renda Fixa e costuma ficar bem próximo à taxa Selic, servindo como referência para o rendimento de aplicações financeiras como CDBs e fundos de investimento. Ele é fundamental para o mercado financeiro, já que reflete a taxa de juros cobrada nas transações entre as instituições bancárias.
Indexadores e a Renda Fixa
Quando o banco ou o Governo pegam o seu dinheiro emprestado, a negociação do pagamento pelo seu investimento pode ser feita de duas formas:
Prefixada
Na rentabilidade prefixada, o valor que você vai receber no final do investimento já é estabelecido no momento em que você faz a aplicação. Isso significa que, independentemente das variações da economia durante o período, você saberá exatamente quanto vai receber ao resgatar seu dinheiro lá na frente. Esse tipo de investimento é ideal para quem busca segurança e previsibilidade, pois o retorno não será afetado por mudanças nos índices econômicos, como a Selic ou a inflação.
Pós-fixada
É aqui que os indexadores entram em jogo. Na rentabilidade pós-fixada, o retorno do seu investimento está atrelado a um indexador, como a Selic, o CDI ou a inflação (IPCA). Isso significa que a rentabilidade pode variar ao longo do tempo, conforme o desempenho do índice escolhido. Por exemplo, se o investimento estiver atrelado ao CDI, ele acompanhará as oscilações dessa taxa. Essa modalidade é interessante para quem acredita que a taxa de juros vai subir ou que o índice relacionado ao investimento se valorizará, oferecendo mais flexibilidade, mas com maior incerteza quanto ao retorno final.
“Me Poupe! do céu, e se eu investir, por exemplo, em Tesouro Selic e a Selic cair? Eu perco dinheiro?”
Pode respirar aliviado. Não perde não! O Tesouro Selic é um investimento pós-fixado, o que significa que o rendimento dele está diretamente atrelado à variação da taxa Selic. Se a Selic cair, o que acontece é que o retorno do seu investimento vai diminuir um pouco, mas isso não significa que você perderá dinheiro. O valor que você aplicou continuará intacto, e a rentabilidade, embora menor, ainda será positiva, já que o Tesouro Selic segue a taxa básica de juros da economia.
Por exemplo, imagine que você tenha investido R$ 1.000 no Tesouro Selic, com a Selic a 13% ao ano. Se a Selic cair para 12% ao ano, a rentabilidade do seu investimento diminuirá, mas você ainda ganhará os juros sobre os R$ 1.000. A diferença é que antes, com a Selic mais alta, o retorno era maior, e agora você vai receber um pouco menos, mas ainda assim, receberá o valor acordado com base na nova taxa.
Conheça o novo simulador da Me Poupe!: Tesouro Que Faz Render
Acesse nosso novo simulador, entenda como atingir seus sonhos investindo da melhor forma e ganhe um presente especial! É isso mesmo: a Me Poupe! uniu forças com o Inter e a B3 para levar educação financeira para os brasileiros e garantir um mimo exclusivo para quem decidir investir no Tesouro Direto. Clique aqui e entenda todos os detalhes da campanha!
Comentários
Seu comentário foi recebido e está sendo validado pela nossa equipe.
Fique tranquilo que ele sará publicado em alguns dias.
Seja o primeiro a deixar seu comentário