Pesquisa revela que o consumo dos brasileiros cresce mesmo com a inflação

07 de August | 2022

Da padaria à loja de eletrodomésticos, é impossível não se assustar com o preço das coisas, não é mesmo? Nosso poder de compra tem diminuído de forma muito impactante com a inflação. Diariamente, percebemos que gastamos mais e levamos menos para casa. Vamos entender um pouco mais esse cenário e as expectativas para os próximos meses?

Por Me Poupe!

Embora dê para sentir esse mega impacto no bolso em qualquer compra realizada,  uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que o consumo dos paulistanos vem crescendo, mesmo com a inflação em alta.

As vendas reais calculadas pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) registraram um crescimento de 10,3% em comparação ao mesmo mês do ano passado, no primeiro trimestre de 2022.

A pesquisa considerou 9 setores: lojas de vestuário, tecidos e calçados; lojas de móveis e decoração; eletrodomésticos; eletrônicos e L.D;  concessionárias de veículos; autopeças e acessórios; farmácias e perfumarias; supermercados; materiais de construção e outras atividades.

A maior alta é do setor de vestuário, tecidos e calçados, com 58,6%. Confira os detalhes nesta tabela que preparamos:

Pesquisa revela que o consumo dos brasileiros cresce mesmo com a inflação

“Mas como esses setores têm crescido tanto com a inflação tão alta, Me Poupe!?”

Segundo a instituição, as crescentes se devem a dois fatores:

1 – A queda na taxa trimestral de desemprego de 14.9% nesse período em 2021 para 10,5% nos três meses encerrados em abril;
2 – O aumento relevante na concessão de crédito que, apenas em fevereiro aumentou 21% em comparação a fevereiro do ano passado. (último dado disponível em função da greve dos servidores do BC).

Com essa explicação, os números fizeram mais sentido, né? Mas o que nos chamou mesmo atenção foi a queda do setor de supermercado, com -2,0% em comparação ao primeiro trimestre de 2021. 

Aumento no vestuário, queda nos supermercados

Questionamos o motivo deste contraste à Altamiro Carvalho, assessor econômico da FecomercioSP, que nos respondeu que “enquanto o varejo de vestuário sofreu, em 2020, uma perda de 27%, os supermercados elevaram em 21,7% a representatividade no comércio, em decorrência do forte direcionamento do auxílio emergencial a bens essenciais. Portanto, o que se observa, nos últimos meses, é uma reacomodação desta composição de vendas para os padrões considerados historicamente normais (…) e o que vemos, agora, é o processo de equalização das circunstâncias atípicas.”

E falando em supermercado, já deu pra notar que os hábitos das compras vem mudando, não é mesmo? O preço da cesta básica, por exemplo, chegou a R$1.251,44 na cidade de São Paulo (SP) em 30 de junho deste ano. Valor superior ao salário mínimo vigente, de R$1.212. 

Mas olha só, se você quiser saber exclusivamente sobre a inflação dos alimentos, dê uma olhadinha neste outro post aqui!

Perspectivas sobre a inflação

“Até quando vamos lidar com os juros em alta e a inflação acima do teto?”. Essa é a pergunta que não quer calar. Estamos nos questionando o mesmo e, por isso, pedimos a Carvalho que nos falasse sobre as expectativas para os próximos meses.

Para ele, há razões para acreditar em uma queda no atual nível de inflação até o fim do ano, mesmo em meio a um cenário (externo e interno) de eventos importantes e algumas incertezas – na esfera política, principalmente.

“Ações internas, como a redução dos impostos estaduais, estão provocando queda sensível dos preços médios. Ao lado disso, as previsões positivas de regularização das safras de produtos essenciais, como soja e milho, trazem alento à estabilidade destes itens.”

Ou seja, a esperança é de queda da inflação num futuro não muito distante. 

E até lá, você já sabe que seu dinheiro precisa estar investido em bons ativos para não morrer, né?

O próprio Copom vem aumentando a taxa Selic consecutivamente com a intenção de minimizar os impactos da inflação. Na última semana, houve o 12º aumento consecutivo, refletindo o novo valor de 13,75%.

“Mas o que isso quer dizer na prática, no meu bolso, Me Poupe!?”

Nossa musa das finanças fez uma live para te explicar essa relação tim-tim por tim-tim e te ajudar a descobrir em quais títulos do Tesouro investir para não deixar seu dinheiro ser corroído e como não  cair em armadilhas na hora de fazer seus investimentos.

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