Com o aumento das reformas durante a pandemia, o mercado da construção civil se viu aquecido e com os preços lá em cima. Será que ainda é hora de fazer uma reforma? Como se planejar e garantir que tudo corra bem? Se você quer ser a próxima “mulher da casa reformada”, sugerimos que leia antes esse texto!
Por Me Poupe!
“Era uma casa muito engraçada / Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entra nela não / Porque na casa não tinha chão”
Quem nunca ouviu essa música do Vinícius de Moraes e pensou na importância de cada elemento que compõe uma casa? Quando juntas, essas partes não só fazem o espaço mais funcional, como também garantem o bem-estar e geram qualidade de vida para quem habita aquela residência.
Quem explica isso é Patricia Pomerantzeff, arquiteta e dona do canal Doma Arquitetura. Melhorar a qualidade de vida não é simplesmente pensar numa casa dos sonhos, mas sim ter soluções que tornem a vida mais prática e com elementos saudáveis no dia a dia.
Uma boa cama e disposição de luzes, por exemplo, já podem fazer toda a diferença. E foi justamente durante o lockdown, período em que fomos levados a passar mais tempo em casa e a lidar com as imperfeições desses ambientes, que explodiram a quantidade de novas reformas!
As pessoas decidiram mudar algumas coisas, como as cores da parede, disposição de móveis, ter um home office mais privativo e eficiente e, até mesmo, tornar a cozinha mais prática.
Um levantamento realizado pela Casa do Construtor e pela AGP Pesquisas entrevistou 400 pessoas em todo país e revelou que 68% delas fizeram algum tipo de reforma nos últimos 12 meses.
O estudo ainda mostra que 38% dos entrevistados que fizeram alguma reforma no último ano alegam que os novos hábitos decorrentes da pandemia foram o motivo para fazer obras ou mudanças. E é neste ponto que surgem dúvidas como: “eu posso reformar a minha casa se ela for alugada? Como entender o que eu devo fazer? Quanto de dinheiro eu posso gastar? ME AJUDA!”
Posso reformar um imóvel alugado?
Sim! Segundo Patricia, é muito importante que o imóvel tenha a sua cara e personalidade. Mas, se você está num lugar temporário, o ideal é que você invista em móveis ou soluções que possam ser levadas depois para outro lugar, já que uma melhoria estrutural acabará ficando pro próprio dono.
Além disso, pensando em decoração, é legal pintar paredes, colocar alguns quadros e pensar em sistemas de iluminação, como abajures e luminárias verticais, que vão te ajudar a criar uma atmosfera mais aconchegante.
O melhor de tudo? Se precisar ou quiser mudar de casa, poderá levar esses itens com você.
Quanto de dinheiro devo juntar para a reforma?
A arquiteta explica que é muito importante trabalhar com três verbas distintas. A primeira delas é do projeto criativo, que envolve todo o trabalho do profissional na planta e nos detalhes do projeto.
Em seguida, temos o projeto executivo e a obra em si, que envolve materiais e pagamento de fornecedores. Se você tem um orçamento restrito para a obra, principalmente em relação ao tipo de material, é importante que isso fique claro já no momento em que o projeto executivo está sendo criado.
Sabendo disso, o profissional é capaz de propor soluções igualmente criativas e mais baratas para você. Com o aumento dos custos dos materiais de construção – que, entre junho de 2021 e junho deste ano, subiram 11,2% -, essa é uma etapa decisiva pra ficar dentro da margem e que deve ser feita com calma.
Patricia só faz um alerta: muitas vezes, as pessoas correm e compram o que existe de mais barato no mercado. Mas, ao fazer uma conta do custo benefício, isso pode não valer muito a pena porque, lá na frente, você terá outros gastos para arrumar, dar manutenção ou trocar o que foi comprado.
“É preciso equilibrar. Você pode optar por itens mais em conta, enquanto escolhe outros que valem a pena um maior investimento”, ela explica.
O que levar em conta na hora de planejar uma reforma?
Chegou o ponto mais crítico da hora de pensar numa reforma. Muita gente começa a se questionar e pensar em alguns fatores para, logo, deixar a ideia para trás com medo do trabalho que vai ter.
Mas, não faça isso! Conversar com uma arquiteta ou um arquiteto é só o ponto de partida para tirar do papel uma ideia e executá-la de maneira satisfatória.
Com isso em mente, Patricia faz uma longa lista de perguntas para ajudar os seus clientes na hora de decidir pelo projeto. Ela nos passou três pontos principais que devem ser levados em consideração em qualquer projeto. Olha só:
Como você se imagina daqui 10 anos?
Essa pergunta é muito importante para saber qual é o sentido do investimento naquela obra. Daqui a 10 anos, você estará longe desse imóvel ou quer continuar no mesmo lugar? Essa expectativa dos 10 anos futuros ajuda a entender o que priorizar no projeto de acordo com as vontades e necessidades do cliente.
Qual é a intenção do projeto?
O que a pessoa realmente pretende com a reforma? Muitas vezes, imaginamos que uma reforma é meramente estética. Mas, existem muitas coisas por trás disso, como melhorar qualidade de vida, fazer uma manutenção, adaptação ou tornar os ambientes mais acessíveis, além de investir para valorizar o preço de venda do imóvel.
Como Patricia exemplifica, existem muitas intenções de projeto. Uma delas pode ser por uma questão de saúde: se você tem um problema seríssimo de infiltração, resolver isso é extremamente importante para manter a qualidade de vida e bem-estar dos moradores daquele imóvel.
Quais são os seus desejos e reais necessidades?
Sabe aquele meme da expectativa vs realidade? É mais ou menos isso que acontece nessa parte das conversas iniciais entre o profissional escolhido e o cliente. Aqui, as pessoas fazem uma lista do que desejam na reforma e das reais necessidades para que a arquiteta ou o arquiteto consiga entender todos os itens da lista de uma maneira para tornar essa ideia inicial realidade dentro do possível.
Posso viver de reformar e vender imóveis?
Sabia que essa é uma dúvida muito comum? A resposta é positiva: sim, você pode viver de reformar e vender imóveis. Mas, você acha que isso vai ser rentável? Você vai ter paciência (e dinheiro!) para conduzir e acompanhar uma obra?
Se você vive de imóveis, com certeza a sua resposta é “sim”. Mas se essa não é sua praia, que tal optar por fundos de investimento voltados para o mercado imobiliário?
Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) são excelentes opções para quem quer uma graninha pingando todo mês na conta decorrente de aluguéis de imóveis. O seu único trabalho é encontrar a melhor opção para o seu bolso e objetivo e fazer a compra. De resto, pode ficar tranquila ou tranquilo que sempre vai ter uma pessoa administrando e garantindo que você tenha uma boa rentabilidade.
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