Eu realmente acredito no poder das metas para nos ajudar a reinventar caminhos e alcançar aquilo que desejamos, e considero as estratégias de planejamento envolvidas nesse processo muito fascinantes.
Ainda assim, me vejo na obrigação de te fazer um alerta que pode soar contraditório ante ao que sempre escrevo por aqui: somente ter metas não vai realizar você.
“O quê??? Alô, Me Poupe! Ajuda aqui, a Hellen surtou!”
Calma, não surtei e vou te explicar tudinho.
Ao longo da minha trajetória profissional, vejo muita gente adotar estratégias brilhantes de planejamento, cumprir à risca todo o plano, mas não se tornar alguém feliz e realizado.
O que noto, é que na maioria dos casos, são pessoas que simplesmente gamificam a vida e passam a ter as metas como uma forma de não pensar no que realmente desejam ou não apreciar todo o processo. E, neste caso, não adianta muito.
Você pode alcançar suas metas e ainda achar que está faltando algo
Quantas vezes você ouviu histórias de pessoas famosas que atingiram fama, dinheiro, poder e, ainda assim, revelaram sofrer de depressão ou outras que simplesmente abandonaram tudo por não ver sentido no que faziam?
Esse vazio que muitos de nós experimentamos, pode ter a ver com um processo incompleto. Ou seja, você define uma meta de forma estanque e não relacionada aos seus valores pessoais ou a sua dinâmica de vida e já falamos disso aqui.
Muitas vezes, pautamos nossas metas simplesmente pelo que a sociedade convenciona como sucesso e realização, sem que isso necessariamente faça sentido. Você já deve ter escutado a frase que o pior jeito de gastar é usar o dinheiro que não tem, para coisas que não precisa, buscando agradar pessoas que não importam.
Por isso, muito cuidado ao traçar uma meta. Que ela seja de fato relevante ou prepare-se para a sensação de que falta algo ao final.
Se isso já aconteceu com você, não se culpe por isso, apenas acolha o sentimento e avalie o quanto da meta alcançada tem participação nas sensações de alegria, êxito e felicidade que você experimenta no seu cotidiano.
Use a frustração como combustível a seu favor
Não fuja das perguntas difíceis, pois quando você formula melhor seus sonhos, consegue compreender o que te move de verdade e, a partir daí, a descoberta pode se tornar combustível para novos objetivos.
O fato é que ter metas é o que nos torna incrivelmente humanos, e o processo de aprendizado quanto a isso não tem fim, pois é parte de nosso autoconhecimento.
Dessa forma, é preciso que você questione o tempo todo o que faz e porque faz. O processo de definição de metas não é uma tarefa que você realiza uma vez e pronto. Aprecie também seu processo.
A vida é dinâmica, e suas metas não são um manual de instruções de como você deve funcionar, mas sim, o seu plano de navegação. Se os ventos mudarem, ou se o destino desejado mudar, o plano de navegação precisará de ajustes, não é mesmo?
Traçar metas é sobre descobrir quem você é
Como eu disse acima, esse processo é contínuo. É como se traçar metas e planejar meios de atingir cada uma, fosse o seu workshop da vida inteira! A cada etapa cumprida, você avalia ganhos, perdas, aprendizados e retroalimenta o processo, indo para os novos passos em busca da vida que vale a pena ser vivida.
Para manter-se emocionalmente em linha com as metas que cria, e em plenas condições para alcançá-las, questione o tempo todo:
– Me sinto bem com isso?
– Quanto do que estou realizando, quando comparado ao que venho abrindo mão, está valendo a pena?
– De tudo o que venho fazendo para atingir minhas metas, o que me faz sentir melhor?
– O atual processo está produzindo calma ou stress?
Você deseja independência financeira para parar de trabalhar. Ok, essa é uma boa meta ou, pelo menos, convencionou-se que é, pois 99% das pessoas com quem converso tem esse objetivo em seu caderninho de notas.
Mas, afinal, por que você quer parar de trabalhar? Você não gosta de trabalhar ou não gosta do seu atual trabalho? Percebe que são coisas diferentes, né?
Suponhamos que estar em atividade, realizando coisas seja algo que tem a ver com seu espírito e que, lá no íntimo, te façam sentir alegria. Mas, você definiu que quer independência financeira para não mais trabalhar e, ao atingi-la, efetivamente pare. Afinal, era o plano.
Repentinamente, começa a sentir tristeza, vazio e, o pior, culpa: “Como eu posso estar infeliz, se alcancei o que sempre sonhei?”
Aqui minha questão é: talvez você tenha sonhado errado. Seu problema não era trabalhar, mas sim, fazê-lo em algo que não tinha a ver com seus propósitos mais íntimos.
Essa maturidade de reavaliar se o que foi e é importante de verdade, irá te ajudar a evitar o erro de cair na mecanicidade e virar alguém que tem como meta, cumprir a meta.
Eu entendo que pode parecer contra intuitivo que, estando indo bem no cumprimento do plano, você o reavalie. É como se estivesse traindo seu próprio projeto, não é? Sei bem como é isso. Palavra de quem já mudou de rumo (e provavelmente mudará ainda) algumas vezes.
Como lição final, entendemos que as metas são uma bússola. Não deixe que elas se tornem cadeados. Viva a sua liberdade planejada – em todos os sentidos.
Reprogramar metas, reprogramar a mente!
Repensar as suas metas pode ser ainda mais fácil com uma ajuda externa, não acha? Por isso, tenho um convite especial pra te fazer: nos dias 18, 20 e 23 de outubro acontece o Algoritmo da Riqueza, um combo de aulas ao vivo e gratuitas da nossa musa Nath! Você não vai perder a chance de turbinar o seu caminho rumo à liberdade financeira, né? Garanta a sua vaga aqui.
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