A Vivendo de Freela fez uma pesquisa e identificou um dado preocupante: metade dos pesquisados não tem reserva de emergência! SOCORROOOOOO!
Por Vivendo de Freela
Desde que abracei a vida profissional como freelancer, um dos meus maiores desafios foi construir a tal reserva financeira para emergências. Se ela já é importante para quem trabalha no regime CLT, com benefícios como seguro desemprego, férias remuneradas e FGTS… imagina para quem não tem um salário fixo todo mês?
Para quem é autônomo ou freelancer, a reserva de emergência tem um papel ainda mais importante. É ela que salva quando o notebook estraga, quando o cliente não paga em dia, quando você fica doente e não consegue trabalhar (logo, não recebe neste período).
Porém, a pesquisa “Freela$: como nos relacionamos com o dinheiro” mostra um cenário um tanto preocupante nesse sentido. O levantamento realizado com leitores do Vivendo de Freela mostrou que 50% dos freelancers não têm nenhuma reserva de emergência. E, entre os que conseguiram acumular algum dinheiro, 21% possuem reserva de até três meses e 29% acima de três meses.
Se olharmos para a recomendação que fazemos aqui no Me Poupe!, de que você precisa ter, pelo menos, 6 meses do seu custo de vida como reserva, os profissionais independentes precisam correr atrás desse prejuízo o quanto antes!
Por que os freelancers não conseguem fazer reserva de emergência?
Mas aí vem outro sinal de alerta: 66% dos que responderam à pesquisa não conseguem guardar dinheiro de forma recorrente, mesmo que uma pequena parcela todos os meses. Assim fica difícil chegar no número de meses ideal para a reserva de emergência, não é?
E o que está por trás disso tudo? Outros dados da pesquisa nos ajudam a entender:
– 43% dos freelancers acham que cobram abaixo do valor do mercado por seus serviços
Se é o seu caso, assista a este vídeo e descubra como cobrar mais!
– 92% dos freelancers recebem até R$ 2 mil mensais por seu trabalho
– 46% dos freelancers não possuem empresa aberta para prestar serviços como PJ
E agora?
Ou seja, olhando para os números, podemos tirar algumas conclusões importantes que vão ajudar você a profissionalizar sua atividade como freelancer e a começar a reserva de emergência hoje mesmo:
1.Você precisa acertar na precificação dos seus serviços, de uma forma que esteja de acordo com a sua experiência profissional e com o que é praticado no mercado;
2. Você precisa se aperfeiçoar para conseguir aumentar o valor dos seus serviços e para encontrar os clientes ideais para seu trabalho;
3. A formalização tem um papel importante para que isso aconteça. Afinal, como PJ você poderá emitir NFs e vender seus produtos ou serviços para outras empresas.
O mercado de trabalho freelance está crescendo e temos a oportunidade de torná-lo mais profissional para que se torne uma opção de carreira atrativa e, principalmente, viável financeiramente.
Para isso, é preciso fortalecer a nossa educação como profissionais e também dos nossos potenciais clientes e clientes sobre temas como precificação, modelo de trabalho e entrega dos serviços. Vamos construir juntos essa evolução do mercado?
E como fazer a sua reserva de emergência?
A Nath é a maior especialista no assunto e já deu todas as dicas nesse vídeo.
Mas, fecho esse artigo com algumas recomendações específicas para quem é freelancer (e que tenho seguido na minha gestão financeira!).
1. Separar a conta PF da PJ – e hoje em dia está bem fácil com as contas digitais sem taxas;
2. Estabelecer um valor mensal de “salário”, deixando o que sobrar como caixa para a sua “eupresa”;
3. Definir uma meta mensal que vai para a sua reserva de emergência e investir esse valor já no início do mês (sem risco de acabar gastando em outra coisa!)
4. Quando houver ganhos acima da média mensal, retirar esse valor como lucro e investir parte também em sua reserva de emergência, até que ela chegue no número de meses ideal.
E depois que chegar na reserva de emergência ideal?
Não esqueça que existem outras reservas importantíssimas para quem trabalha como freelancer ou profissional autônomo:
Reserva “férias remuneradas”, para garantir aquele importante descanso anual!
Reserva investimento profissional – cursos, eventos e outras formas de se aperfeiçoar como profissional
Reserva para aposentadoria – mesmo que já contribua para o INSS… você não quer diminuir seu padrão de vida quando se aposentar, certo?
E, se você chegou até o final desse artigo pensando “como eu vou fazer para juntar todo esse dinheiro?”, não desespera!
Aqui no Me Poupe! e lá no Vivendo de Freela tem muita dica para reduzir custos, aumentar ganhos, investir da forma correta e posicionar melhor seus serviços no mercado!
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