Se você começou a se interessar por investimentos, provavelmente ouviu falar da Selic – principal referência dos juros no Brasil e do Ibovespa – principal e mais antigo índice da bolsa brasileira. Mas você sabe exatamente o que são esses dois índices e como eles se relacionam?
Entender essa conexão pode fazer toda a diferença para quem quer investir de forma inteligente e se preparar para os movimentos do mercado em 2025. Bora entender quais são as projeções para esse ano sem aquele papo chato e cheio de economês!
Por Leandro Martins!
O que é a Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é definida pelo Banco Central (nosso BACEN, equivalente ao FED nos EUA). Ela influencia diretamente os juros praticados no país, impactando desde os rendimentos da renda fixa (como Tesouro Direto, CDBs e LCIs) até os custos de empréstimos e financiamentos.
A Selic é a taxa básica de juros do Brasil, e ela influencia diretamente o dinheiro que circula na economia. Quando o Banco Central sobe ou corta a Selic, isso afeta tanto as pessoas comuns quanto os empresários, mudando a forma como elas gastam e investem.
Quando a Selic sobe, o dinheiro fica mais caro:
Para a população:
- Fica mais caro pegar empréstimos e financiar compras – comprar um carro, um imóvel ou parcelar uma TV no cartão de crédito fica mais caro, pois os bancos cobram juros maiores.
- O crédito fica mais restrito – como os juros são altos, menos pessoas conseguem empréstimos ou financiamentos.
- Menos consumo – como o dinheiro está “mais caro”, as pessoas gastam menos e evitam fazer compras grandes.
Para os empresários:
- Fica mais caro investir na empresa – se um empresário quer expandir o negócio ou comprar máquinas novas, ele terá que pagar juros altos no financiamento, o que pode adiar seus planos.
- A demanda cai – com as pessoas comprando menos, as empresas vendem menos e seguram investimentos.
- Menos geração de empregos – com menos vendas e menos investimentos, as empresas contratam menos ou até cortam vagas.
O Banco Central eleva a Selic para conter a inflação, mas essa medida também freia o crescimento econômico.
Quando a Selic cai, o dinheiro fica mais barato:
Para a população:
- Empréstimos e financiamentos ficam mais baratos – comprar um carro, um imóvel ou parcelar um eletrodoméstico fica mais acessível.
- As pessoas voltam a consumir mais – como os juros do cartão e dos empréstimos caem, as pessoas se sentem mais seguras para gastar.
Para os empresários:
- Fica mais barato investir no crescimento do negócio – se o empresário precisa de um empréstimo para comprar novas máquinas, expandir a loja ou contratar mais funcionários, ele pagará menos juros.
- A demanda por produtos e serviços aumenta – como as pessoas voltam a gastar, as empresas vendem mais.
- Mais empregos podem ser gerados – com mais consumo e investimentos, as empresas precisam contratar mais funcionários.
Com os juros baixos, a economia acelera, influenciando diretamente o desempenho do Ibovespa.
Então:
- Se a Selic sobe, o consumo diminui e os empresários seguram investimentos.
- Se a Selic cai, as pessoas gastam mais e as empresas voltam a crescer. E o Ibovespa também tende a crescer!
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O que é o Ibovespa?
O Ibovespa é o principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, representando as ações mais negociadas na B3, como Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4). Quando o índice sobe, os investidores demonstram otimismo; quando cai, pode ser um sinal de insegurança no mercado.
Como Selic e Ibovespa se relacionam?
A relação entre Selic e Ibovespa é, geralmente, inversa:
- Selic alta: A renda fixa se torna mais atrativa, e os investidores tendem a evitar a Bolsa.
- Selic baixa: Com a queda dos juros, a renda fixa perde rentabilidade e mais investidores buscam melhores retornos na Bolsa.
Em resumo, quando os juros aumentam, o desempenho da Bolsa tende a ficar estagnado; por outro lado, uma redução ou a expectativa de queda na Selic pode impulsionar o Ibovespa.
O que esperar da Selic e do Ibovespa em 2025?
O Banco Central voltou a subir os juros para conter a inflação, elevando a Selic para 13,25% ao ano. De acordo com o Boletim Focus, que reúne projeções do mercado financeiro, há chances de a Selic subir ainda mais em 2025, podendo chegar a 15%.
Com juros tão altos, a Bolsa pode permanecer travada nos primeiros meses do ano, já que a renda fixa continuará atrativa, reduzindo o interesse em ações.
Quando a Bolsa pode começar a subir de forma consistente?
A chave para uma possível recuperação do Ibovespa está, justamente, na inflação. Se nos primeiros meses de 2025 os indicadores demonstrarem que a inflação está cedendo e se aproximando da meta do Banco Central, o mercado financeiro deve antecipar essa melhora e voltar a comprar ações antes mesmo de a Selic começar a cair.
Expectativa de alta no segundo semestre de 2025
Se a Selic começar a cair, é provável que os investidores migrem da renda fixa para a Bolsa, impulsionando o Ibovespa. Setores como varejo e construção, sensíveis à redução dos juros, podem se destacar nesse cenário.
Além disso, setores como tecnologia e consumo cíclico — que se beneficiam de um ambiente de juros baixos — podem registrar crescimento expressivo. Empresas exportadoras também podem ter um desempenho positivo, especialmente se o real se valorizar frente ao dólar com a melhora das condições econômicas.
Outro ponto importante para 2025 é o cenário internacional. A política monetária dos Estados Unidos, conduzida pelo FED, pode impactar os investimentos no Brasil. Se os juros americanos começarem a cair, é possível que haja um aumento do fluxo de capital estrangeiro na Bolsa brasileira, acelerando a valorização do Ibovespa.
Então, o que fazer?
Se você já investe na Bolsa, não desanime com um primeiro semestre travado. Muitos investidores experientes usam esse período para montar posição em boas empresas, comprando ações a preços descontados antes da recuperação do mercado.
Já quem está só na renda fixa pode aproveitar os juros elevados no começo do ano, mas precisa ficar atento para não perder o timing de entrada na Bolsa quando o cenário começar a melhorar.
O segredo está em monitorar a inflação (IPCA). Quanto mais rápido ela cair, mais cedo a Bolsa pode reagir. Além disso, acompanhe as políticas do FED e o cenário internacional, pois esses fatores podem impulsionar ou frear os movimentos do mercado brasileiro.
Fiquem atentos e se preparem para aproveitar as oportunidades!
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