Qual o preço da felicidade?

04 de January | 2023

Ô-lá Me Poupeiras e Me Poupeiros!

Hoje, vamos começar esse texto com uma frase polêmica e que com certeza você já ouviu: “dinheiro não traz felicidade”. 

Ela só está correta e é devidamente aplicada QUANDO você não sabe o que é felicidade para você. 

Agora, quero te convidar a vir refletir junto comigo. 

Dinheiro é felicidade?

Como você paga a sua conta de luz? Como você faz as suas compras do mês? Como você se locomove na sua cidade? Como você faz o pagamento da internet? O aparelho que está usando para ler esse texto foi comprado como? 

Isso significa que quer queira ou não, goste ou não, a nossa moeda de troca é o dinheiro. Precisamos do dinheiro para qualquer coisa que façamos na nossa vida. E ter essa consciência começa a virar a chave interna de que odiar o dinheiro só te faz seguir estagnada(o) no mesmo ponto, tentando lutar contra um sistema estabelecido a incontáveis anos. 

O dinheiro é uma das principais ferramentas que assegura a nossa sobrevivência enquanto espécie. Pense, como você faz quando fica doente? Consegue se “auto tratar” ou precisa buscar o serviço de um profissional? E a medicação? Alimento? Higiene? 

Se você olhar com menos “ranço” do dinheiro perceberá que ele está presente em grande parte da nossa vida e tudo bem. 

“Okay, Daiane, mas o que isso tem a ver com a felicidade?”

Tudo! 

Antes de explicar, quero que você responda a essas perguntas: 

1. Qual atividade te deixa feliz?
2. Quais são os lugares que você ama visitar?
3. Qual sonho você realizou que precisou de dinheiro (aqui vale a casa própria, carro e etc)?
4. Se você tem filho(a), qual necessidade dele você consegue atender?
5. Se tivesse todo o dinheiro necessário e não precisasse trabalhar, o que estaria fazendo?
6. Como você “aproveita” a vida?
7. Qual é o seu restaurante e/ou comida favorita?
8. Como você se sente quando não tem dinheiro para fechar as contas do mês?
9. O que você já deixou de fazer por não ter dinheiro e como você se sentiu?

Agora que você já respondeu (respondeu, certo? Tô de olho hein), perceba que grande parte delas têm um item em comum: DINHEIRO. Em algum dos momentos, você utilizou a moeda de troca para custear.

O dinheiro não compra a felicidade porque ele não pode comprar como você vai se sentir, mas ele compra os momentos que você lê como felicidade (seja fazer o passeio no parque com o pet até a viagem). 

Os estudos sobre felicidade

No estudo de Alves & Rodrigues (2010) os autores investigaram como a pobreza pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais, bem como, a redução do nível de acesso à escolaridade, maior tensão familiar, isolamento, medo do desemprego, baixa autoestima e respectivamente a quadros como a depressão. 

Já uma pesquisa com a população em geral realizada pelo Instituto Locomotiva que ouviu 1.500 brasileiros com mais de 18 anos, encontrou que os entrevistados apresentavam o sentimento de culpa, ansiedade, irritação e afirmaram perder o sono por sua condição financeira.  

Não existe saúde mental sem ter o mínimo assegurado para viver, tal como, moradia, alimentação, saneamento, segurança e educação. Você dificilmente conseguirá se sentir tranquilo com dívidas e sem saber como chegar ao final do mês. 

Por isso, a pergunta que fica é: qual é o preço da sua felicidade? Qual é o preço que você paga por momentos, situações, possibilidades e pela sua liberdade?

Até onde você está disposta a ir para se sentir em paz? Para apreciar a sua vida sem correr atrás da máquina o tempo todo? 

Precisamos romper com a “romantização” de estar quebrado financeiramente. Você só conseguirá ter condições de manter a sua saúde mental em dia com necessidades básicas atendidas e, para além, com o seu conceito de felicidade estabelecido para tomar decisões acertadas e buscar o que faz sentido. 

Portanto, entenda o que é felicidade para você. Busque momentos de lazer e persista em construir a vida que deseja em todas as esferas (emocionalmente, financeiramente, profissionalmente e etc).

Nesse final de ano, aproveite e faça o balanço da sua mentalidade para iniciar 2023 de outra forma! Você consegue.

Até a próxima!

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