Giro Me Poupe! | Diminuição nos preços dos produtos, mas crescimento das famílias endividadas: como uma coisa afeta a outra?

14 de October | 2022

Quer se atualizar sobre o que aconteceu de mais relevante no universo das finanças? Agora, toda sexta-feira você confere os highlights dos últimos dias aqui no nosso portal. Vem dar um Giro Me Poupe!

Por Me Poupe!

Semaninha com feriado, e algumas coisas interessantes para se observar na dinâmica econômica do país. Por um lado, a deflação parece estar fazendo a alegria geral da nação. Com o preço de alguns produtos caindo, o brasileiro parece estar sentindo o seu poder de compra de volta. Mas, por outro, o aumento do endividamento das famílias brasileiras – principalmente da população de baixa renda – mostra que o cenário econômico não é tão positivo assim.

Continue a leitura pra você entender melhor o que rolou no Brasil e no mundo nesta semana.

 

Preço dos produtos caem em setembro no Brasil

Deflação é uma palavra bonita, né? Para algumas coisas, sim. E setembro foi relativamente positivo para o bolso do brasileiro, já que o preço de muitos produtos caiu. Os dados foram divulgados na última terça-feira (11) pelo IBGE.

Dá só uma olhada nos 10 principais itens que mais baratearam no mês passado. Pra conferir a lista completa, clique aqui.

queda preços em setembro

 

 

 

 

Como nem tudo são flores, o preço de alguns produtos apresentaram um belo de um aumento. Dá só uma olhada no top 10 dessa lista:

aumento preços setembro

FMI aumenta projeção para o PIB do Brasil…

…mas, infelizmente, ele continua abaixo da média global. Esses dados foram divulgados na última terça-feira (11) pelo Fundo Monetário Internacional numa atualização do relatório de monitoramento da economia global.

 

O resultado para o Brasil é positivo: ele elevou a expectativa de crescimento para o PIB nacional para 2,8%. O aumento foi de 1,1 ponto percentual em relação à edição de julho do World Economic Outlook (WEO). Para 2023, a projeção é de crescimento de 1%, uma diminuição de 0,1 ponto contra sua projeção anterior.

 

Mas olha só a incoerência: mesmo com resultados melhores, a economia do Brasil fica atrás da média global e regional de crescimento… Preocupante ou triste?

 

algoritmo da riqueza

 

Endividamento cresce e atinge quase 80% das famílias brasileiras

O número de famílias endividadas atingiu, em setembro, 79,3% do total de lares no país. A alta de devedores foi de 0,3 ponto percentual em setembro ante agosto, enquanto, em um ano, o avanço foi de 5,3 pontos. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

 

Infelizmente, a situação só piora para as famílias de baixa renda. Nos lares com renda inferior a 10 salários mínimos, o endividamento superou os 80% pela primeira vez!

 

Mesmo com esse número recorde, parece que o ritmo de novos endividamentos apresenta diminuição. Esse crescimento de 0,3 ponto percentual foi o menor desde abril deste ano. Já o avanço em 12 meses foi o menor desde julho do ano passado.

 

É importante saber que, para esse indicador, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC, considera dívidas a vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.

Depois de 2 anos, poupança volta a ter rendimento maior que a inflação

Já vamos começar essa nota com um alerta: isso não significa que guardar dinheiro na poupança é mais interessante e rentável que alguns tipos de investimento.

 

A poupança voltou a ter ganho real depois de 24 meses de perdas seguidas para a inflação. Um levantamento feito pelo TradeMap mostra que neste mês de setembro, o rendimento da aplicação foi de 7,19% no acumulado em 12 meses, com ganho de 0,02% acima da inflação do mês.

 

A poupança voltou ao campo positivo depois que o país registrou deflação pelo terceiro mês consecutivo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em -0,29% em setembro, conforme informou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Desde setembro de 2020, o investidor que optasse pela poupança tinha rendimentos abaixo da inflação passada. Segundo o TradeMap, o pior momento foi no mês de outubro de 2021, quando o poupador chegou a uma perda de 7,59% de poder de compra do dinheiro depositado na caderneta de poupança.

 

E um spoiler: semana que vem tem aqui no site da Me Poupe! conteúdo sobre isso!

 

Produção industrial recua em 7 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE em agosto

De julho para agosto, a produção industrial recuou em 7 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pará (-6,2%), Santa Catarina (-4,8%), Espírito Santo (-3,9%), Bahia (-2,8%), Minas Gerais (-1,9%), Paraná (-1,5%) e Ceará (-0,8%) foram os estados que tiveram resultados inferiores à média nacional.

 

No resultado geral do país, a produção industrial caiu 0,6% no mês retrasado, na comparação com julho, conforme já divulgado anteriormente pelo IBGE. Na comparação com agosto de 2021, houve crescimento de 2,8%. No ano, a indústria acumula queda de 1,3% e, em 12 meses, de 2,7%.

 

Chefes do Banco Mundial e do FMI veem riscos crescentes de recessão global

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disseram que há um risco crescente de recessão global, com a inflação permanecendo um problema contínuo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

 

“Existe um risco e um perigo real de uma recessão mundial no próximo ano”, disse Malpass em um diálogo com Georgieva no início dos encontros anuais das duas instituições. Ele citou desaceleração do crescimento nas economias desenvolvidas e depreciação cambial em muitos países em desenvolvimento.

 

Para saber mais sobre o assunto, clique aqui.

 

Nova Zelândia apresenta plano para taxar gases naturais do gado

Já imaginou taxar os gases do gado? Sim, os puns que vacas e bois soltam! Foi esse o plano que o governo da Nova Zelândia divulgou nesta semana. A ideia é tributar os gases de efeito estufa naturalmente emitidos pelo gado, uma proposta projetada para conter as mudanças climáticas.

 

A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que seria o primeiro imposto desse tipo no mundo!

 

Para contextualização: os gases emitidos naturalmente pelas 6,2 milhões de vacas da Nova Zelândia estão entre os principais problemas ambientais do país. Terrível não?

 

Que tal desbloquear o algoritmo que trava o seu crescimento financeiro?

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E aí, curtiu esse Giro de notícias? Então, segue com a gente que na semana que vem tem mais. 

 

 

 

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