Emoções: é possível viver sem?

11 de April | 2022

Ô-lá Me Poupeira! e Me Poupeiro!, já chego neste primeiro texto com um palpite! Se você não está vivendo no automático, certamente já deve ter se feito essa pergunta: “será que eu posso escolher não sentir as minhas emoções?” E a resposta para isso é, rufem os tambores… NÃO! 

As emoções possuem uma função neuroquímica (química + neural) no nosso cérebro, ou seja, existem áreas cerebrais responsáveis por cada uma das emoções primárias (básicas). Há uma divergência na literatura sobre quais emoções são consideradas como primárias, porém, para o psicólogo norte americano Paul Ekmann, elas são a alegria, tristeza, raiva, nojo, medo e desprezo. 

E agora, eu quero te fazer um convite especial, você, topa fazer uma viagem no tempo comigo e entender qual a função das emoções na nossa vida? Eu ouvi um sim? 

Jornada

Ah, que festa dos emocionados!

Vamos voltar lá para o tempo das cavernas, sim, aquele momento da história que não existia internet, luz, celular ou qualquer ferramenta que temos nos dias de hoje, período em que a sobrevivência era diária, constante e não existia nenhuma garantia do dia de amanhã. 

Imagine, você com todos os recursos escassos e a incerteza constante (eu sei que em partes lembra o cenário atual com a inflação devorando o seu dinheiro), mas naquela época, tudo era pior, porque o dinheiro nem sonhava em existir como moeda central de negociações, o “mercado” era a sua própria caça e a economia só começou a ganhar forma a partir das trocas de itens indispensáveis para a sobrevivência. 

“Ok, entendi tudo isso, mas o que tem a ver com emoções?”

TUDO! 

Pense em você na selva, com frio e faminto, aí você avista um pequeno coelho distraído, qual a sua reação? 1. Caço logo o coelho e garanto o almoço; 2. Saio correndo; 3. Fico em pânico e travo; 4. Coelho? Onde tem um coelho?!; 5. Já quero adotar. 

Agora, imagine você novamente na selva, com frio e fome, mas desta vez, você avista um urso que possui mais de 2 metros. O que você faria? 1. Iria correndo abraçar o urso, já que ele é tão FOFINHO; 2. Vejo que ele tem o dobro do meu tamanho e não vai dar pra lutar, saio correndo o mais rápido que posso; 3. Ele é enorme, desisto e me deito no chão; 4. Urso? Não era um coelho? 

Agora me responde, você fez o exercício junto comigo? Imaginou as cenas? Se sim, siga para as próximas etapas! Se não, respira fundo, volte duas casas e imagine as situações propostas como se você estivesse passando por tudo aquilo. Por que? Porque veremos na prática as emoções agindo em nossa vida. 

As emoções entram em ação ao despertar reações fisiológicas como: suor, tremor, taquicardia (coração acelerado), entre outros. Mesmo que você “não queira sentir”, seu cérebro será acionado para agir e responder ao ambiente externo. 

Próxima etapa: voltando aos exemplos da selva, reflita junto comigo, você está com fome e com frio, talvez tenha filhos para alimentar, o alimento é escasso e é proveniente da caça, qual animal você escolheria? Coelho ou Urso? Por que? 

Possivelmente, grande parte das pessoas escolherá o coelho, porque é um animal menor com menos chances em se machucar. Pois então, se você escolheu o coelho, chegou o momento tão esperado… 

Como diz a Nath Arcuri, nossa musa das finanças, “meu suvaco está suando” Você escolheu o coelho ao sentir a emoção do MEDO. Ouço mentes explodindo? Fumaças saindo da cabeça ao conectar tudo isso? 

As emoções possuem a função de nos dar alertas, porém, é importante saber reconhecer o que cada alerta está te contando, é o movimento de olhar para si (faça isso) e se perguntar “como eu estou me sentindo nesse momento?” É necessário atribuir nome ao que sentimos, sair do modo automático. 

Uaau! Entendi, e agora como isso afeta os meus investimentos?  

PRESTA ATENÇÃO!

Quando você toma uma decisão na “emoção” que está sentindo (medo, raiva, tristeza, alegria), você não está considerando todos os aspectos, pois seu corpo está hiperativado e sua tomada de decisão estará afetada. Portanto, antes de decisões, lembre-se, respire fundo, ao menos duas vezes, perceba e siga. Não podemos escolher o que sentiremos (fisiologicamente), mas com o tempo e autoconhecimento ganhamos autonomia pra escolher o que fazer com isso. 

Sinta-se acolhida e acolhido neste espaço da riqueza! 

Lembre-se: A descoberta de si mesmo é a maior riqueza, com ela você vai aonde quer. Como diria o pequeno príncipe “o essencial é invisível aos olhos.” – Saint Exupery

Até a próxima! 

Por Daiane Hausen

Jornada

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