6 dicas que gostaria de ter recebido quando comecei a investir na Bolsa

23 de August | 2022

Se o Mira de hoje pudesse voltar no tempo para dar algumas dicas para o Mira iniciante na bolsa de valores, isso renderia boas horas de papo. Mas vou otimizar o assunto e trazer as seis principais dicas que eu gostaria de ter recebido quando comecei a investir. Vamos nessa?

Por Professor Mira!


Investir na bolsa de valores, para quem está iniciando no mundo dos investimentos, pode parecer um pouco intimidador. Um monte de gente falando em gráficos, tendências, todos aqueles termos em inglês, siglas, códigos, tickers…  

Sim, eu sei o quanto isso assusta, afinal, um dia eu já estive exatamente onde você está neste momento, começando a aprender a investir em bolsa. Foi preciso muito tempo de estudo, dedicação e também uma boa coleção de pequenos erros ao longo da minha jornada, até que eu começasse a entender, pra valer, como funciona o mercado financeiro. 

Assim, se eu pudesse eleger alguns conselhos para essa jornada, eles seriam os seguintes:

1. Diversifique sua carteira, mas com moderação

Monte uma carteira de longo prazo diversificando setores. Depois disso, use seus aportes mensais para manter essa carteira sempre balanceada. 

Isso significa definir o percentual de participação que cada ativo terá em seu patrimônio e acompanhar a variação de preços, para que cada um deles permaneça dentro do percentual definido. 

Adicionar uma nova empresa só porque é “a ação do momento” pode não ser o melhor uso do seu dinheiro. Afinal, se você tem uma carteira montada com critério, seja fiel ao seu planejamento e também ao tempo que possui para estudar e acompanhar o mercado. 

Não é porque todo mundo está comprando uma ação que você precisa comprar também. Lembre-se do que sua mãe sempre dizia: “você não é todo mundo!”.

6 dicas que gostaria de ter recebido quando comecei a investir na Bolsa

2. Compre empresas cujo negócio você sabe o que é

Quem está começando a investir ainda não sabe avaliar em detalhes os fundamentos de negócios, então, fica mais fácil acompanhar e entender os movimentos de empresas que fazem parte do cotidiano. 

Você lida o tempo inteiro com serviços bancários, seguro do carro ou de vida, plano de saúde, faz compras no supermercado, paga conta de luz, água, usa serviços de telefonia, entre outros.

Enfim, há uma variedade considerável de segmentos da bolsa que você, mesmo sem estudar muito, saberia dizer do que se tratam, o que fazem, em que situações podem ganhar ou perder dinheiro, assim como sabe também, dentro desses setores, quais as empresas mais relevantes. 

Só por esse exemplo, você percebe que pode ter uma carteira que conseguirá acompanhar com relativa facilidade, mesmo sem profundos conhecimentos sobre bolsa. 

Mas, como eu disse, é apenas um exemplo. Não se trata de uma recomendação de investimento. Cabe a cada um avaliar, entre os setores com os quais tenha familiaridade, quais os que fazem sentido para seus planos pessoais de longo prazo. 

3. Se algo parece bom demais pra ser verdade, desconfie

Todo dia vai ter alguém falando sobre a próxima ação “com potencial de valorização de 500% em pouco tempo e que o mercado ainda não percebeu”. Cuidado com isso!

Infelizmente, existem pessoas que ganham dinheiro justamente com a ingenuidade e boa-fé dos iniciantes. Portanto, aprenda a investir com calma e bom senso, e não se deixe empolgar por anúncios sensacionalistas.

Lembre que o mercado financeiro tem profissionais que o monitoram 24 horas por dia. São pessoas que, além de estudar muito, possuem softwares de gerenciamento, robôs, matemáticos, economistas e todo um aparato de acompanhamento que não deixariam passar batido nenhuma grande oportunidade. 

Existem, sim, ativos com potencial de valorizar 500%, mas em décadas, muitas décadas, e não em semanas ou meses. E não existem ações “que o mercado não percebeu” que são do exclusivo conhecimento de algum “novo gênio das finanças” que, generosamente, resolveu avisar a todos sua descoberta. 

De novo, vou pegar uma frase emprestada da sua mãe: “se a esmola é muita, o santo desconfia”.

4. Longo prazo significa, no mínimo, uma década

Uma dúvida muito comum ao investidor que está começando na bolsa de valores é o que significa esse tal “longo prazo”. Quanto tempo, afinal, devemos manter um ativo em carteira? 

Não existe uma única resposta, pois cada pessoa tem uma realidade, um planejamento e uma estratégia específica para alcançar suas metas. No entanto, quanto maior o seu horizonte de tempo, melhor será a performance de uma carteira de ações na multiplicação do seu patrimônio.

Se você montar uma carteira com empresas sólidas, com bons fundamentos e boa gestão, deve dar tempo ao tempo. Vender na primeira valorização, com medo de que seja a última, é um erro comum entre investidores iniciantes que ainda não compreenderam a diferença entre uma carteira de longo prazo e operações de trade (quando você compra e vende rapidamente, apenas para surfar uma alta). 

É preciso definir a sua estratégia para cada parcela do seu dinheiro. O montante definido para longo prazo não pode ser aquele com o qual você fica pulando de galho em galho, atrás de valorizações momentâneas. Ao fazer isso, você se expõe a mais risco e ganha menos do que ganharia se deixasse o dinheiro investido por muitos anos.

5. Aprenda a diferença entre investimento e trade

Investir é colocar seu dinheiro em boas ações após analisar detalhadamente as empresas e escolher aquelas cujos fundamentos do negócio sejam consistentes e com bom potencial de lucro no longo prazo.

Por outro lado, fazer trade é especular em relação aos movimentos curtos que um ativo pode ter na bolsa. Isso independe dos fundamentos do negócio e está ligado a fatos momentâneos que podem impulsionar uma ação para cima ou para baixo. Pode ser que essa não seja uma modalidade pra você…

6. Se quiser fazer trade, comece pelo simulador

Com essa dica, o Mira do passado ficaria me olhando espantado e sem saber o que fazer, pois quando eu comecei na bolsa de valores, não existiam simuladores, a gente aprendia errando (e arcando com o prejuízo que isso significasse!).

Mas, como quem vai aproveitar a dica é você, que hoje tem essa ferramenta gratuita ao alcance da mão, eu não poderia deixar de mencionar.

Fazer trade requer muito conhecimento e, ainda que você o tenha, em algum momento ocorrerão perdas. Sendo assim, para minimizar seus riscos, treine muito nos simuladores online, faça anotações, estude suas operações simuladas para entender o que deu certo ou errado e o porquê. Somente depois de treinar bastante, faça suas primeiras operações reais.

Nas operações reais de trade, invista apenas montantes que, se por acaso você perder, não vão impactar seu patrimônio. 

Dica bônus: Inicie o quanto antes

O que eu quero dizer com isso é que o tempo é seu maior aliado na multiplicação de patrimônio, então, quanto antes você começar a comprar ações, melhor.

Entretanto, isso não significa sair comprando tudo o que aparecer pela frente só para montar rapidamente uma carteira. Como diz minha ex-aluna e amiga Karol Weber: “não tenha pressa de perder dinheiro”. É isso que acontecerá se você fizer seus investimentos sem planejamento e estudo. 

Se quiser contar comigo nesse aprendizado, eu sugiro que você comece pela Oficina FIIs, um evento gratuito e ao vivo em que eu introduzo um tipo de investimento que está super em alta: os fundos imobiliários! Ficou curioso? Garanta sua vaga aqui.

Espero você!
Um abraço,
Professor Mira.

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