5 mitos sobre investir na bolsa que você deve esquecer agora mesmo

“Ah, só investe na bolsa quem é rico!” ou “Ir pra bolsa é perder dinheiro” são algumas máximas ainda muito presentes na cabeça das pessoas. Mas, será que tudo isso é realmente verdade? Vem com a gente que vamos desmistificar tudo sobre os investimentos de renda variável e a Bolsa de Valores!

Por Me Poupe!

Vamos começar com uma pergunta perspicaz para você! Qual é a primeira coisa que vem à mente quando dizemos “lugar de investimento”? Temos certeza que muita gente falou: Bolsa de Valores. E aí, para aqueles que nunca viveram a experiência de investir em ações, esse pensamento pode vir acompanhado de uma espécie de desânimo, de medo ou até aversão.

Calma! Respira, pega um cházinho de camomila e segue com a gente.

#PRATODOSVEREM: Nathalia Arcuri em fundo preto e branco, dizendo “Calma”.

Investir na renda variável e, em especial, na Bolsa de Valores, exige sim um grau de conhecimento e de energia a mais, se comparado com os investimentos de renda fixa. Eles também costumam demandar outras duas características: estratégia e sangue frio. 

Como existem muitas dúvidas sobre as dinâmicas de mercado, conversamos com Vinícius Brancher, superintendente de Negócios Pessoa Física da B3, sobre os mitos que ainda circulam sobre os investidores da Bolsa de Valores. De duas uma: ou você sai desse texto com o incentivo que faltava pra colocar os pés na renda variável, ou vai concluir que ainda não está pronto pra fazer esse tipo de investimento.

Será que a sua crença tá aí e foi desmistificada? Vamos descobrir 🤔

1. “Não dá para começar a investir na bolsa com pouco dinheiro”

Os números falam por si só! As quantias destinadas ao primeiro investimento de pessoas físicas estão sendo cada vez mais baixas. O mesmo vale para a mediana do saldo aplicado nos ativos negociados em bolsa. E esses números vêm caindo a cada trimestre, na medida em que novos investidores estão acessando a bolsa. 

Brancher explica que, hoje, o saldo mediano de investimentos em ações é de R$4 mil; em Fundos Imobiliários é de R$5 mil; em ETFs, de R$2 mil; e em BDRs, de apenas R$100. A mediana do primeiro investimento considerando todos os produtos que são negociados em bolsa o valor é de R$200.

E você aí, achando que é melhor deixar seu suado dinheiro mofando na poupança…

2. “Não é seguro investir na bolsa”

Para começar, temos que lembrar que o universo da Bolsa é muito mais amplo que o do investimento em ações – contempla também os Fundos Imobiliários, por exemplo. E a volatilidade, ou seja, o nível de risco a grandes e repentinas variações, é diferente de acordo com cada classe de ativo e também conforme os diferentes papéis e empresas.

Uma empresa com fluxo de caixa mais constante tende a ter menos oscilações que outras em que a perspectiva de geração de resultados está mais para o futuro. Além disso, existem questões setoriais e dinâmicas que mudam muito de uma empresa para outra.

De qualquer maneira, o horizonte dos investimentos na bolsa é de longo prazo, devem ser compatibilizados com os objetivos financeiros e o perfil de risco de cada investidor, bem como equilibrados com outros investimentos mais estáveis, como é o caso da renda fixa.

3. “Investir em ações traz dinheiro rápido”

Esse é infelizmente um mito comum. As empresas têm ciclos de longo prazo e, portanto, precisam de tempo para gerar valor e revertê-lo aos acionistas. Na prática, o valor de mercado de suas ações oscila com os fundamentos de cada empresa e como ela consegue provar sua tese ao mercado ao longo do tempo. 

Por tudo isso, não faz sentido para o investidor comum (não estamos falando do day trader) pensar em ações como instrumento para ganhos rápidos, entende? Um patrimônio sólido requer esforços contínuos – e num espaço de tempo razoável.

4. “A melhor estratégia é seguir a média do mercado”

Ao realizar investimentos em ações, é preciso ficar atenta e atento ao que acontece no mercado, acompanhando notícias e perspectivas. No entanto, é um mito pensar que seguir um comportamento coletivo é a melhor forma de investir na bolsa. Na prática, isso gera o chamado efeito manada, que se caracteriza com a tomada de decisões a partir do que outras pessoas estão fazendo.

O grande problema é que seguir a média do mercado é uma estratégia pouco – ou nada – individualizada, ou seja, desconsidera suas necessidades, preferências, expectativas e objetivos. O segredo é, portanto, conseguir traçar um plano fiel àquilo que faz sentido PARA VOCÊ!

5. “Somente especialistas investem na bolsa”

A bolsa é democrática, acessível e possui alternativas para todos os perfis de investidores. Temos 5 milhões de investidores em ativos listados na B3. O próprio Vinícius Brancher conta que tem visto pessoas de todas as idades, com destaque para investidores entre 20 e 40 anos, iniciando os investimentos em renda variável. 

“Há também uma questão de aprender na prática, entendendo as oscilações como parte do processo de educação e aprendizado de cada investidor. Sempre vale o reforço sobre a necessidade de o investidor conhecer seu perfil de investidor, calibrando sua tolerância ao risco ao objetivo do investimento”, ele reforça.

E aí, você tem outros mitos ou dúvidas sobre a Bolsa de Valores que precisam ser desmistificados? Conta pra gente nos comentários para fazermos uma segunda parte!

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